Aliados de Dilma e cientistas políticos estimam que popularidade da presidente será pouco afetada desta vez
Cristiane Jungblut
-Brasília- Governistas e oposição avaliaram que foi baixa a adesão aos protestos ocorridos no Sete de Setembro devido à radicalização e à violência das manifestações. Na visão de aliados, o Palácio do Planalto deverá capitalizar a pouca mobilização, mas só conseguirá sucesso se mostrar firmeza ao criticar os radicais. Já a oposição diz que isso não é garantia de que a presidente Dilma Rousseff está bem junto à população. Para o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), a população continua insatisfeita.
— A mobilização esperada era para ser muito maior do que a que ocorreu. O recado foi dado: a sociedade não quer ser confundida com (quem faz) quebra-quebra. Mas isso é um (diagnóstico) falso positivo para o governo. O quadro para a presidente Dilma não está bom. A equipe ministerial dela é frágil — disse Caiado, apontando problemas de gestão do governo.
Vice-líder do do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR) também acredita que a adesão aos protestos foi menor do que se esperava.
— A mobilização ficou aquém do que alguns previam — admitiu.
Na opinião do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), a população repudia atitudes radicais. Ele acrescentou que a popularidade da presidente Dilma Rousseff vem se recuperando nas pesquisas devido às ações do governo.
Para o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), as manifestações foram dominadas por "baderneiros"
— Os fatos mostraram que não houve manifestação de rua, só baderneiros, que agiram de forma anárquica. Tem um grupo de anarquistas, e anarquista é bandido como os outros. O governo tem que responder com firmeza a isso. A população não está feliz (com este tipo de ação) — disse Cunha.
Procurado, o Palácio do Pia-nalto não comentou as manifestações.
Fonte: O Globo
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