Do lado socialista, o momento é de cautela. O governador Eduardo Campos determinou aos secretários, aliados e defensores da candidatura presidencial no PSB que tratem o episódio como simples especulação. O presidente socialista, apesar de saber por interlocutores que a presidente Dilma Rousseff (PT) vem irritada com a sua postura de críticas ao governo federal, foi pego de surpresa com a versão de que seu partido seria "demitido" do governo. A estratégia para este primeiro momento é deixar que o PT acumule o desgaste pela decisão.Os secretários estaduais petistas - Isaltino Nascimento (Transportes) e Fernando Duarte (Cultura) - estão avisados de que, até aqui, nada muda. Está prevista esta semana a ida do governador à capital federal para tratar de assuntos ligados à sucessão.
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, que tem se mostrado fiel à presidente e defensor da sua reeleição e da continuidade da aliança PSB-PT, foi procurado desde sábado (14) pela reportagem para comentar o suposto beneficiamento de adversários do PT no Nordeste. Sua secretária informou que o ministro está em viagem de trabalho. A assessoria de imprensa do ministro também não retornou aos contatos do JC.
Na última sexta-feira (13), em longa reunião na Granja do Torto, em Brasília, Dilma e o ex-presidente Lula teriam tratado - segundo versão que vazou - da questão das alianças para 2014, principalmente a relação entre o governo e o PSB, que insiste em difundir a candidatura de Eduardo. De acordo com fontes, Dilma está disposta a tirar do PSB o Ministério da Integração e entregá-lo ao PMDB, que ganharia mais espaço no governo e força no Nordeste. A secretaria dos Portos, nas mãos dos irmãos Cid e Ciro Gomes, dependeria da ratificação do apoio que têm dado à presidente. B.S.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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