Presidente nacional do PT falou sobre cenário eleitoral e sobre a possibilidade do ex-presidente voltar a disputar eleições nos próximos quatro anos
José Roberto Castro
SÃO PAULO - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse nesta sexta-feira, 7, que o retorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva faria muito bem ao Brasil, mas somente em 2018. "Falei outro dia que temos que reeleger Dilma para que Lula volte em 2018", comentou, em tom descontraído, durante café da manhã promovido pela agência de notícias espanhola Efe.
Falcão afirmou ainda não saber se Lula aceitaria voltar à Presidência e disse que o ex-presidente tem dois tipos de resposta quando questionado sobre o assunto. Em um momento, o ex-presidente se compara ao piloto Michael Schumacher, que retornou à Formula 1 após uma carreira de 7 títulos mundiais e não obteve sucesso. Em outros momentos, Lula diria que voltaria caso os adversários o incomodem muito.
'Tensão pré-eleitoral'. Rui Falcão também voltou a comentar a atuação do bloco de parlamentares dissidentes do governo federal na Câmara dos Deputados encabeçados pelo líder do PMDB Eduardo Cunha. Para o petista, a atuação dos parlamentares descontentes é fruto da "tensão pré-eleitoral".
O presidente do PT lamentou que o grupo esteja travando a pauta de votações, que inclui o Marco Civil da Internet, projeto considerado importante pelo governo federal, mas considerou "normal" o aumento da disputa por espaços no governo. "O que trava a pauta não é o projeto, é a disputa por espaço", disse.
Falcão não acredita, porém, que a pressão por um aumento de espaço do PMDB no governo federal coloque em risco a aliança do partido para a reeleição da presidente Dilma Rousseff. "Acho que os mais responsáveis no PMDB vão manter a aliança", disse. "O que questiono é o papel de oposição de um partido que tem cinco ministérios e a vice-presidência."
O presidente petista disse que as mudanças feitas até agora pela presidente Dilma nos ministérios foram a pedido dos antigos titulares, que vão se candidatar nas eleições de outubro, e que, por isso, na opinião de Dilma, não deveria haver uma alteração na fatia de cada legenda na Esplanada dos Ministérios.
Ele disse ainda que tanto ele quanto Lula estão de acordo com a intenção da presidente de não fazer concessões na disputa por espaço no governo. Ele rejeitou, contudo, a ideia de que a presidente Dilma se negue a negociar.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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