• Partido, que é aliado de Pezão para o governo estadual, reforça o movimento ‘Aezão’
Leticia Fernandes – O Globo
RIO - O senador Aécio Neves, pré-candidato tucano à Presidência, conseguiu atrair para si mais um partido da base governista da presidente Dilma Rousseff. O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) declarou ontem que o diretório do Rio, terceiro maior colégio eleitoral do país, estará com Aécio. Nacionalmente, o PP é aliado dos petistas e já oficializou o apoio nacional à reeleição de Dilma.
— O PP do Rio vai estar com o Aécio. A dissidência é fato corriqueiro na História da política brasileira — disse Dornelles ao GLOBO.
No Rio, o PP de Dornelles apoia o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ), fechado com a petista, e vai ocupar a segunda suplência na chapa de Sérgio Cabral, candidato ao Senado. O nome escolhido foi o de Péricles Olivier, ex-prefeito de Itaperuna. Na próxima quinta-feira, lançamento oficial do movimento “Aezão”, liderado por uma ala do PMDB do Rio que quer apoiar Aécio Neves, os progressistas vão sacramentar o apoio ao tucano. A proximidade entre Aécio e Dornelles vai além da política: os dois são primos.
— Vamos lançar o “Aezão” junto com o (Jorge) Picciani (presidente regional do PMDB).
A debandada dos partidos governistas pode enfraquecer a votação de Dilma no estado. Em 2010, ela teve 4,9 milhões de votos no Rio, 60,4% do total estadual, e foi eleita com uma vantagem de mais de um milhão de votos sobre o tucano José Serra.
Perdas em outros partidos
Além do PP, que tem cerca de um minuto e 30 segundos de tempo de televisão, o PSD, também aliado nacional do PT, já declarou apoio a Aécio no Rio. E parte expressiva dos peemedebistas, principais aliados dos petistas, vai formalizar apoio ao senador tucano no próximo dia 5, quando Aécio vem ao Rio para participar de um ato organizado pelo PMDB de Picciani, e que contará também com a presença de boa parte dos partidos da base aliada de Pezão. Eles não aceitam a pré-candidatura de Lindbergh Farias (PT-RJ) e querem fazer oposição ao partido.
Pelo que sinalizam, no dia em que o “Aezão” for sacramentado, PTB, PPS e Solidariedade também poderão fechar com os tucanos.
O PT pode perder ainda mais espaço no Rio: o PROS, da base de Dilma, vai lançar o deputado federal Miro Teixeira ao Palácio Guanabara. Ligado a Eduardo Campos e Marina Silva, ele já recebeu o apoio do PSB e dará a mesma contrapartida na eleição à Presidência. O PR de Anthony Garotinho, fechado com Dilma, sinalizou anteontem que também poderá apoiar Campos. Ele estaria insatisfeito com a “falta de reciprocidade” do governo federal.
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