• Partido concorda com aliança que facilita eleição de deputados do PROS em troca de palanque para Eduardo Campos no Rio
Isabel Baga – O Globo
BRASÍLIA - A candidatura do deputado Miro Teixeira (PROS) ao governo do Rio foi finalmente sacramentada. Após semanas de negociação, o PSB concordou em formalizar uma aliança na chapa de deputados federais que facilitará a eleição de deputados do PROS em detrimento dos nomes do próprio PSB. A formalização do apoio que dará ao ex-governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos um palanque no Rio foi feita por meio de uma nota enviada a Miro pelo vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral.
- Está consolidada a coligação que já existia. A nota reafirma o apoio à nossa candidatura. O Hugo Leal e Liliam Sá se elegeriam mesmo sem coligação, porque há uma chapa organizada com qualidade de voto. A discussão se travava mais no ambiente político para se fazer uma campanha solidária como diz essa nota do PSB.é uma nota séria de síntese política - explicou Miro Teixeira.
Os partidos haviam estabelecido como data-limite para sacramentarem o acordo esta sexta-feira. Até o meio da semana havia grande dúvida sobre a possibilidade de a aliança na chapa proporcional ser fechada, já que ela pode levar à perda de uma vaga pelo PSB do Rio. O PROS vinha sendo cortejado também por outros partidos, sobretudo pelo PT, que terá como candidato ao governo o senador Lindbergh Farias. Miro, no entanto, minimiza o tensionamento das últimas semanas.
- A aliança é um posicionamento político que está muito bem sintetizado na nota do PSB, que revela que é uma aliança que não se faz nos padrões que hoje parecem convencionais. Trata-se de uma discussão política em favor do estado, em torno de uma candidatura a presidente e a vice com Eduardo (Campos) e Marina (Silva). Acabamos constituindo um palanque solidário e organizado exclusivamente com preocupações políticas sem negociação de cargos - defende Miro.
Na próxima semana, os partidos vão começar a costurar um documento com um plano de metas para o eventual governo. A ideia é trazer propostas sintéticas para serem tratadas publicamente.
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