sábado, 31 de maio de 2014

Para Lula, Aécio Neves é o principal rival de Dilma Rousseff

• Segundo turno será com tucano, diz petista

- O Dia

BRASÍLIA - O principal adversário da presidenta Dilma Rousseff, nas eleições deste ano, deverá ser o candidato tucano, Aécio Neves. A avaliação é do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, em entrevista à revista ‘Carta Capital’, admitiu que Dilma deverá enfrentar o senador tucano, em um eventual segundo turno. Lula afirmou ainda que nunca pensou em disputar a Presidência no lugar de Dilma e lamentou a saída do ex-governador Eduardo Campos, do PSB, da base aliada do Palácio do Planalto.

“Eu acho que, em um segundo turno (o adversário), será tucano. O PSDB tem base partidária mais organizada. Governam São Paulo, Paraná, alguns estados importantes no Nordeste. Tem mais tradição de palanque. Já o PSB tem pouco palanque estadual. A campanha do Eduardo vai ser mais difícil do que em 1989”, observou Lula. “Gosto dele (Campos) profundamente. Mas a Dilma é mais preparada. Fico triste que não conseguimos construir algo capaz de manter o Eduardo Campos junto da gente. Mas era o destino.”

Lula disse preferir a vitória do PT no segundo turno, com mais larga vantagem. “A ganhar no primeiro turno por 51% a 49%, prefiro ganhar no segundo turno, com 65% a 35%”, afirmou. E concluiu: “Eu acho que a Dilma está tranquila. Se em 2002 a esperança venceu o medo, acho que agora a esperança e a certeza do que pode ser feito podem vencer o medo.”

Maluf
Sem a presença de Lula, o ex-ministro e candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, selou ontem a aliança do PT com o PP do deputado Paulo Maluf, garantindo assim um minuto a mais no horário eleitoral gratuito. Há dois anos, Lula posou para fotos ao lado de Maluf por ocasião da adesão do PP à candidatura do hoje prefeito Fernando Haddad.

“Os que hoje vão criticar esta aliança estavam até a madrugada de ontem tentando impedi-la. O PP está deixando os tucanos porque viu que o Alckmin não cumpriu suas promessas para o estado”, disse Padilha.

O PP negociou por meses a adesão tanto à candidatura à reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) como a de Padilha. Optou pelo PT , segundo Maluf, para ficar em sintonia com o PP nacional, que irá apoiar Dilma.

Coordenador da campanha da presidenta, o presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que selou uma “aliança com princípios” com o PP presidido pelo senador Ciro Nogueira

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