• Acordo no Estado enfraquece candidato do PSB; três diretórios do PT sofrem intervenção
Márcio Falcão – Folha de S. Paulo
SÃO PAULO - Na reta final para definir as coligações, o comando do PT autorizou nesta quinta (26) alianças polêmicas e decidiu intervir em três Estados (Paraíba, Amazonas e Rondônia) para reforçar a campanha de Dilma Rousseff.
A Executiva Nacional do PT liberou o diretório do Amapá para integrar a chapa à reeleição do governador Camilo Capiberibe (PSB) após ele enviar carta prometendo neutralidade no 1º turno da eleição. Capiberibe é aliado do presidenciável Eduardo Campos (PSB), que terá sua campanha enfraquecida no Estado.
Na carta, o governador do Amapá diz que ficará neutro e, num eventual 2º turno sem Campos, apoiará o PT.
Capiberibe disse que foi "surpreendido" pela decisão do PT, mas que a aliança foi discutida e estimulada por Campos: "Ele é conhecedor da minha posição e das dificuldades de fazer aliança".
A decisão do PT foi tomada dias após o senador José Sarney (PMDB-AP) anunciar que não tentará a reeleição. Com isso, o PT desistiu de apoiar o ex-governador Valdez Góes (PDT), aliado de Sarney.
O presidente do PT, Rui Falcão, admitiu que a aposentadoria de Sarney foi "determinante" na decisão: "Não temos compromisso com outros candidatos. Nós o apoiaríamos se ele [Sarney] fosse candidato".
A cúpula petista também decidiu não vetar a participação do PT na campanha de Helder Barbalho ao governo do Pará, cuja candidatura tem o apoio do DEM.
Para reforçar Dilma, o PT contrariou decisões de três diretórios estaduais. Na Paraíba, apoiará a candidatura do senador Vital do Rêgo (PMDB); em Rondônia, a reeleição do governador Confúcio Moura (PMDB); e no Amazonas, não integrará a chapa de Eduardo Braga (PMDB).
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