• Os dois grupos seguem 'alinhados', mas Rede avisa que nos Estados só fará campanha para nomes que ela aprovou
Isadora Peron, Daiene Cardoso - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - O pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, e sua vice, Marina Silva, tiveram um encontro anteontem, em Brasília, para tentar encerrar a crise causada pelas divergências entre os dois grupos na formação de palanques estaduais.
Segundo aliados, os dois tiveram uma conversa "muito boa", na qual reafirmaram o compromisso de seguir juntos no plano nacional. A três dias da convenção nacional do PSB - marcada para amanhã, em Brasília -, o encontro serviu para superar as diferenças surgidas com a formação de alianças estaduais que desagradaram ao grupo de Marina. "Acho que superamos (os desentendimentos) e agora é bola para frente", resume Neca Setubal, próxima à ex-ministra.
Marina disse a Campos que está disposta a relevar as diferenças regionais para poderem começar a campanha nacional em sintonia. Em nota divulgada ontem, a Rede negou "dificuldades no relacionamento" com o PSB. O grupo reafirmou que não vai fazer campanha para aliados do PSB dos quais discorde, como vinha sendo dito por seus integrantes.
Dois a um. É o caso, por exemplo, de São Paulo - o eixo Rio-São Paulo foi o epicentro da crise entre PSB e Rede, que insistia em candidaturas próprias. O diretório paulista decidiu apoiar a reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB) e terá a vaga de vice na chapa tucana. No Rio, o PSB vai apoiar o petista Lindberg Farias - a sigla vai ocupar a vaga para o Senado. As alianças confrontam o discurso de Campos e Marina, em que tentam ser uma opção à polarização PT-PSDB na disputa nacional.
Em compensação, no segundo maior colégio eleitoral do País prevaleceu a tese de candidatura própria. A Executiva mineira do PSB decidiu ontem lançar o ex-prefeito de Juiz de Fora Tarcísio Delgado, de 77 anos, pai do deputado Júlio Delgado, presidente do diretório local.
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