- Brasil Econômico
A insatisfação generalizada e a sensação de esgotamento do modelo petista após 12 anos dos governos de Lula e Dilma Rousseff sinalizam que o país vive um momento crucial. O índice de 74% de brasileiros que desejam mudanças nas ações do próximo presidente, segundo o Datafolha, refletem o descalabro da atual gestão, que trouxe de volta a inflação, estagnou a economia, sucateou a indústria nacional, dilapidou as estatais, transformou a corrupção em método e afrontou as instituições republicanas.
O descontentamento da sociedade brasileira, nítido a cada vaia e até em alguns impropérios condenáveis direcionados à presidente, leva o cidadão a procurar alternativas ao governo que aí está. É neste sentido que o PPS se incorpora ao projeto de desenvolvimento apresentado por Eduardo Campos ( PSB), ex-governador de Pernambuco e um dos postulantes ao Palácio do Planalto no campo oposicionista. Como um dos mais destacados nomes da nova geração da política nacional, Eduardo Campos sempre teve a compreensão de que nenhum país é capaz de melhorar a qualidade de vida de seu povo sem investimento e produção, que geram crescimento econômico.
Com a pífia expansão de 0,2% do PIB no primeiro trimestre, de acordo como IBGE, a média anual de evolução da economia no governo Dilma é de sofríveis 2,1%, uma das piores da história republicana — à frente apenas de Fernando Collor e Floriano Peixoto (1891-1894). Houve retração de 2,1% nos investimentos e de 0,8% na indústria, além de aumento do desemprego, de 6,2% para 7,1%. Um dos governadores mais bem avaliados enquanto esteve no comando de seu estado, Eduardo Campos é quem possui as melhores credenciais para tirar o Brasil do atoleiro e levá-lo à rota do crescimento. Reconhecido pela população pernambucana como excelente gestor, tem trajetória irretocável como homem público e sólida formação política.
O realinhamento das forças de esquerda democrática em torno de um novo projeto nacional de desenvolvimento representa um reencontro histórico entre o PCB, que deu origem ao PPS, e o PSB. Ambos estiveram na raiz da "Frente do Recife",movimento político formado a partir da década de 1950 por comunistas, socialistas e democratas em geral, cuja hegemonia política culminou na eleição de Miguel Arraes para o governo de Pernambuco, em1962. A partir do golpe de 1964, os dois grupos se integraram às trincheiras do MDB, em oposição à ditadura.
A parceria se repetiu em momentos fundamentais como a eleição de Tancredo Neves pelo Colégio Eleitoral, a Constituinte, o impeachment de Collor e, em especial, o governo de Itamar Franco— no qual, sob a liderança de Fernando Henrique Cardoso no ministério da Fazenda, foi criado o Plano Real, fundamental para a nossa soberania. Após sofrer coma chaga inflacionária, o país passou a ter uma nova moeda e conheceu a estabilidade.
O futuro da nação não será construído por aqueles que tomaram a República de assalto para se locupletar, como bem definiu o ministro Celso de Mello, decano do STF. As manifestações de junho de 2013 deixaram claro que a sociedade não tolera mais o malfeito, o ódio e a divisão do país entre "nós" e "eles". O Brasil é de todos os brasileiros, precisa se unir e não pode desperdiçar a chance de mudar seu destino. A hora da mudança chegou.
Deputado federal por São Paulo e presidente nacional do PPS
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