• Avaliação positiva da gestão tucana em São Paulo sobe de 41% para 46%
• Principais concorrentes do governador, Skaf e Padilha tem 16% e 4%, respectivamente, segundo o Datafolha
Ricardo Mendonça e Gustavo Uribe – Folha de S. Paulo
SÃO PAULO - Com a avaliação de sua gestão em alta, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), lidera isolado a disputa pelo governo do Estado e seria reeleito no primeiro turno se a eleição fosse hoje.
Segundo pesquisa Datafolha finalizada nesta quarta, Alckmin tem 54% das intenções de voto. Em segundo, com menos de um terço do índice registrado pelo tucano, está o presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de SP), Paulo Skaf (PMDB), com 16%.
O ex-ministro Alexandre Padilha (PT) alcança 4%.
Juntos, os demais nomes na disputa somam 4%. Brancos e nulos são 13%, e 10% dos eleitores dizem que ainda não sabem em quem votar.
A pesquisa, realizada na terça e nesta quarta, com 1.978 entrevistas em 55 municípios paulistas, não é diretamente comparável com o levantamento anterior do Datafolha porque o leque de candidatos apresentados aos entrevistados mudou.
Na investigação feita no início de junho, antes da oficialização das candidaturas, Alckmin tinha 47%, Skaf, 21%, e Padilha ostentava os mesmos 4% no cenário que parecia ser o mais provável.
Se não é viável dizer se as intenções de voto nos candidatos cresceram ou recuaram desde então, é possível dizer, ao menos, que a situação de Alckmin melhorou.
Isso porque a avaliação positiva de seu governo, esta sim comparável, cresceu com uma diferença acima da margem de erro, de dois pontos para mais ou para menos.
Em junho, 41% dos paulistas achavam a gestão boa ou ótima. Agora, sua taxa de aprovação subiu para 46%.
O total de eleitores que julga sua administração como rui ou péssima é de 14%, o mesmo índice de março de 2011, o mais baixo da série de seis pesquisas na atual gestão.
Em municípios com menos de 50 mil habitantes, o governador é aprovado por 60%.
Na pesquisa desta semana, as intenções de voto em Alckmin ficam acima de 50% em todos os principais segmentos investigados: por sexo, idade, renda, escolaridade e porte do município.
Já Skaf tem seus melhores desempenhos entre os eleitores com ensino superior (25%) e no grupo dos que vivem em famílias com renda mensal acima de dez salários mínimos (23%).
Uma amostra das dificuldades de Padilha está no cruzamento das intenções de voto com a preferência partidária dos entrevistados.
O petista perde por larga margem mesmo entre os que se dizem simpatizantes do PT. Neste universo (18% dos eleitores) ele tem 13%. Alckmin tem 46% dos votos dos petistas; Skaf, 16%.
Em taxa de rejeição, Padilha lidera: 26% dos eleitores dizem que não votariam nele de jeito nenhum --Skaf tem 20% e Alckmin, 19%.
Surpresa
O desempenho de Skaf na pesquisa de intenção de voto pegou de surpresa a campanha tucana. As medições internas da sigla apontavam que o peemedebista alcançaria patamar próximo a 20%.
O partido já esperava Alckmin com cerca de 50%. "Para um patamar de largada, é excelente", afirmou o presidente do PSDB em São Paulo, Duarte Nogueira.
Senado
O Datafolha também investigou intenções de voto para senador em São Paulo.
O ex-governador José Serra (PSDB) lidera com 34%. Logo atrás vem Eduardo Suplicy (PT), candidato à reeleição, com 29%. O ex-prefeito da capital Gilberto Kassab (PSD) tem 7%.
Esta rodada do Datafolha foi realizada por encomenda da Folha em parceria com a TV Globo.
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