João Valadares – Correio Braziliense
Após o PSB firmar aliança com o PT no Rio de Janeiro e com o PSDB em São Paulo, o candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) declarou, na manhã de ontem, em Salvador, que o partido dele não costurou apoio nos estados em troca de cargos e aproveitou a ocasião para alfinetar a gestão política da presidente Dilma Rousseff. "Onde não temos candidatura própria, apoiamos pessoas que se comprometeram com o programa do PSB. Não fizemos nenhum apoio em troca de cargos, mas em torno de um programa", afirmou.
Campos voltou a falar de quebra de polarização entre o PT e PSDB e disse que é possível "governar com os melhores". Novamente, apresentou-se como o representante de "um novo ciclo para o Brasil". Declarou também que é preciso governar "sem entregar pedaços do governo". Quando chefiou o Executivo de Pernambuco, Campos tinha uma base formada por 14 partidos e alojou na administração grande parte dos aliados que o levou à vitória nas eleições de 2006 e 2010.
O candidato deixou evidente as bandeiras que deve empunhar durante a campanha eleitoral, que começa oficialmente no domingo. As três propostas são educação em tempo integral, redução da carga tributária com uma ampla reforma e combate à criminalidade.
Em Salvador, ao lado da candidata do PSB ao governo baiano, senadora Lídice da Mata, e da candidata ao Senado pela legenda, a ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Eliana Calmon, Campos participou do cortejo cívico da Independência da Bahia. O evento relembra a vitória de soldados brasileiros diante do exército português em 2 de julho de 1823.
Eduardo Campos e Marina Silva protocolam pessoalmente, na tarde de hoje, o registro das candidaturas e do programa de governo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.
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