João Pedro Pitombo – Folha de S. Paulo
SALVADOR - O candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) afirmou nesta quarta-feira (2) em Salvador (BA) que seu partido não construiu alianças nos Estados em troca de cargos.
"[Nos estados] Onde não temos candidatura própria, apoiamos pessoas que se comprometeram com o programa do PSB. Não fizemos nenhum apoio em troca de cargos, mas em torno de um programa", disse o ex-governador de Pernambuco.
Nas últimas semanas, o partido tomou decisões polêmicas ao anunciar apoio à reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo e ao senador Lindbergh Farias (PT), que disputa o governo do Rio.
Mesmo aliado dos dois partidos em diferentes Estados, Campos defendeu uma quebra da polarização entre PT e PSDB, dando início a "um novo ciclo para o Brasil". Defendeu ser possível governar "com os melhores", "sem corrupção" e "sem entregar pedaços do governo".
Antecipando o tom do discurso, Campos fez questão de reiterar três propostas que devem se consolidar como marcas de sua campanha: educação em tempo integral, redução da criminalidade e reforma tributária.
Cortejo
Campos participou do cortejo cívico da Independência da Bahia, que marca a vitória de soldados brasileiros sobre o exército português em 2 de julho de 1823.
O socialista percorreu, contudo, apenas um trecho de 350 metros entre os largos da Lapinha e Soledade, onde embarcou numa van por volta das 10h30. Ao todo, o cortejo tem cerca de 2,5 km e segue até o Pelourinho.
Vestido de branco e com um tênis verde e amarelo, Campos desfilou acompanhado pela candidata do PSB ao governo da Bahia, senadora Lídice da Mata, e pela aspirante ao Senado, a ex-corregedora do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Eliana Calmon.
Foi assediado por militantes do partido, com quem posou para fotos, mas reconhecido por poucos baianos que participaram do desfile. Uma mulher que o cumprimentou admitiu desconhecer o candidato: "Vi que ele é político, mas não sei quem é".
Nenhum comentário:
Postar um comentário