• Em campanha no Maranhão, tucano promete investimentos voltados para a região nas áreas de educação, saúde, infraestrutura e segurança pública
Isabella Souto – Correio Braziliense
Na tentativa buscar números mais favoráveis e de se tornar mais conhecido no Nordeste, o senador e candidato a presidente da República Aécio Neves (PSDB) iniciou ontem, por Imperatriz, no Maranhão, uma série de viagens pela região. E lá prometeu um "pacto de solidariedade permanente" em prol de mais infraestrutura, um "grande" salto na qualidade da educação e da saúde e investimentos em segurança pública. O tucano remeteu suas propostas à gestão do mineiro Juscelino Kubitschek, que, segundo ele, percebeu o "extraordinário potencial de desenvolvimento" do Nordeste.
"Sessenta anos se passaram e estou aqui para dizer que esta será uma região prioritária no nosso governo", afirmou Aécio, que à tarde participou de carreata e inaugurou um comitê em Imperatriz, e, à noite, promoveu ato político em Teresina, no Piauí. O tucano criticou a falta de uma política nacional de segurança e afirmou que, a partir da visita aos estados nordestinos, está propondo a transformação do Ministério da Justiça — ao qual está hoje vinculado o setor de segurança — em da Segurança Pública e Justiça, sem o contingenciamento de recursos para o combate à criminalidade.
No Dia Internacional da Juventude, lembrou que 56 mil jovens foram assassinados em 2013, a maioria deles negros. "Segurança pública será uma prioridade absoluta do nosso governo e aqui na Região Nordeste, estamos assistindo, infelizmente, um crescimento avassalador desses índices em razão do governo federal não cuidar das nossas fronteiras e não atuar na repressão do tráfico de drogas, do tráfico de armas, matrizes para muitas dessas mortes", completou o candidato tucano.
Outra proposta de Aécio é reduzir o número de policiais que hoje prestam serviços administrativos. De acordo com o candidato, há atualmente cerca de 550 mil homens nas polícias de todo o Brasil, e cerca de 10% deles estão nos gabinetes. A promessa é que o governo federal ofereça algum tipo de financiamento aos governadores para que esses profissionais exerçam a função policial nas ruas e sejam substituídos por servidores administrativos.
Para barrar a impunidade, o tucano prometeu uma profunda reforma no Código Penal e no Código de Processo Penal. Projetos nesse sentido tramitam há vários anos no Congresso, mas esbarram na polêmica e na falta de acordo entre os parlamentares. Aécio disse ainda que percebe no Brasil inteiro um "sentimento crescente de mudança".
Mais uma vez, o candidato do PSDB criticou o que classificou de "aparelhamento absurdo" da máquina pública, que hoje leva à "ineficiência e desvios constantes" pela meritocracia. "Vai trabalhar no nosso governo quem tiver qualidade, quem tiver condições de prestar serviço às pessoas. Temos que enxugar o Estado, para gastar menos com a sua estrutura e gastarmos mais com as pessoas."
Bolsa Família
Aécio repetiu que, caso seja eleito, vai manter o Bolsa Família — e argumentou que o programa lançado no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi inspirado no Bolsa Escola e Alimentação, criado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "O presidente Lula teve a virtude de ampliá-lo, e a minha expectativa é de que ele não apenas seja mantido, como, no que depender de mim, vire política de Estado", disse. Dessa forma, completou, o mecanismo de ajuda aos brasileiros de baixa renda estaria mantido independentemente dos próximos presidentes da República.
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