• Este ano, conta de luz pode subir 50%, estimam economistas. frete também vai pressionar
- O Globo
A expectativa de um impacto maior do preço de energia e também um dólar mais alto motivaram revisões nas estimativas para a inflação em 2015. Há previsões de até 8% este ano, contra uma meta que admite no máximo que a inflação chegue a 6,5%.
O BNP Paribas divulgou ontem relatório revisando sua projeção de 7% para 8% em 2015. A Tendências também está revisando sua expectativa dos atuais 6,8% para algo entre 7,3% e 7,4%. Em fevereiro, a taxa deve ficar em 1,11%. O último Boletim Focus do Banco Central com projeções do mercado do início da semana indica que o IPCA deste ano deve ficar em 7,01%, antes mesmo da divulgação da inflação de janeiro.
- Considerando os fatores já previstos para o ano, com energia pressionando, mesmo sem contar possíveis reajustes extraordinários, e o impacto da volta da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) nos combustíveis e no frete em geral, a inflação deve ficar em 7%. É um ano de ajuste, mas espera-se que se possa arrumar a casa e começar 2016 com uma inflação mais limpa, sem aumentos represados - afirma a economista Maria Andréia Parente, do Ipea.
"O consumidor vai ter que se adaptar"
Nos cálculos da Tendências está embutida expectativa de alta maior de energia. A estimativa inicial era de que esse preço subisse 27% em 2015, mas agora se espera reajustes entre 40% e 50%. O BNP Paribas também trabalha com avanço de 40% na energia este ano. Para o economista-chefe do banco ABC Brasil, Luis Otavio de Souza Leal, a tendência é de preços em ascensão e números altos no IPCA:
- Os aumentos na energia vão continuar. A questão hídrica bate fortemente nos preços dos produtos In natura E é provável que os alimentos continuem pressionados ao longo do ano. O consumidor vai ter que se adaptar. (L.C.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário