- Agência Câmara
A moção de repúdio à Venezuela, proposta pelo PSDB, causou polêmica em Plenário. A proposta, aprovada há pouco, pretende repreender o país vizinho por conta da prisão do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, opositor do governo de Nicolás Maduro.
O deputado Padre João (PT-MG) disse que o Legislativo não deve interferir em atos de países vizinhos. "Não nos cabe ingerência em relação ao governo da Venezuela", disse. Ele acusou PSDB e DEM de golpismo. "Estes que estão apoiando a moção vêm querendo ferir a nossa democracia em um terceiro turno, falando em impeachment", criticou.
Para o líder do DEM, no entanto, o governo brasileiro se omitiu na questão, ao emitir uma "nota fofa" sobre a questão. "O Parlamento não pode ficar passivo assistindo a esses fatos. A prisão do prefeito de Caracas chocou o mundo. Ontem, as forças de segurança de Maduro mataram uma criança de 14 anos", disse.
Apenas PCdoB e Psol apoiaram o PT. O líder da Minoria, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), brincou com o isolamento governista. "Não deveríamos nos chamar minoria, mas maioria", comentou. "É um ato de soberania de grandeza da Câmara, avisando ao mundo que a Câmara dos Deputados não aceita a burla do Estado de Direito na Venezuela", defendeu Araújo.
O vice-líder do governo deputado Hugo Leal (Pros-RJ) criticou a "discussão panfletária" e disse que a diplomacia brasileira não se omitiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário