Andrea Jubé, Thiago Resende e Bruno Peres - Valor Econômico
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff fez ontem uma defesa enfática do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reunião de coordenação política do governo, diante da abertura de uma investigação na Procuradoria da República no Distrito Federal contra seu antecessor. Segundo relatos de participantes do encontro, Dilma observou que é natural que ex-governantes de modo geral viajem o mundo divulgando os seus países e suas empresas.
Embora o Instituto Lula tenha apresentado os documentos no prazo legal, o Ministério Público abriu investigação contra o ex-presidente para apurar suas palestras para empresas. O instituto pediu o arquivamento do procedimento. Nos bastidores, está em curso a formulação de um roteiro de viagens pelo Nordeste em que Dilma e Lula cumpram ao menos uma agenda juntos. Ontem, o Palácio do Planalto deflagrou uma ação para exaltar a proximidade de Dilma e Lula. Divulgou nas redes sociais uma foto de ambos abraçados pelo "Dia do Amigo".
Depois da reunião, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, negou que Dilma pretenda fazer mudanças no primeiro escalão, diante de rumores de que ele poderia assumir a Casa Civil no lugar de Aloizio Mercadante.
Em outra frente, Jaques Wagner negou, mais uma vez, que deixe a Defesa pela Casa Civil. "Eu estou muito bem posicionado. As pessoas que torcem pelo governo externam uma opinião aqui ou ali. [...] Somos uma equipe sob a batuta da presidente Dilma, a equipe está afinada", definiu.
O ministro Mercadante tem prestado um serviço importante para o governo e para a presidente", arrematou.
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