Nessas barracas em branco
Quem misteriosamente teria se escondido?
São barracas de campanha,
ou de passar todo o verão no campo.
Lembram também cordas de mastros
Dos quais as velas se ausentaram.
Pois as velas voaram enfunadas e suspensas
No ar, que é – sonho das asas –
Todo o branco do contorno,
Navegam em limpas atmosferas.
São panos estendidos ao sol
Para secar, no quintal de alguma casa;
Grandes lençóis ondulantes
Ao vento que vem e vai,
Ao vento que não pára de agitá-los.
Há um jogo de pontas nesses mastros,
Pontas dirigidas em todos os sentidos.
E as linhas e as sobre-linhas,
Se orientam como se fosse possível
Substituir definitivamente,
Todo o branco do papel.
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