Valmar Hupsel Filho, Rachel Gamarsk – O Estado de S. Paulo
O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, fez diversos acenos ontem à oposição durante audiência na Câmara para tratar da crise no setor naval. O petista falou num "pacto suprapartidário" para conter a crise econômica e afagou o PSDB, destacando a importância da garantia da estabilidade e do controle da inflação, creditando-as como conquistas do governo tucano do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Precisamos de um pacto que vá além das políticas de Estado. Existem questões como a de responsabilidade fiscal, que foi uma contribuição que vocês deram ao País", disse o ministro. Mercadante ressaltou que governo e oposição estão "no mesmo barco".
"Precisamos de equilíbrio e bom senso e estamos todos no mesmo barco, que se chama Brasil", afirmou. O petista falou até de erros do governo. Disse que o País vive um momento polarizado e de tensão política, "depois de erros que o governo cometeu e que é preciso superá-los". Mercadante reconheceu as medidas impopulares que o governo está tomando para passar pela crise econômica. O clima ameno acabou fazendo com que Mercadante fosse poupado por deputados-membros da comissão de Minas e Energia, formada em sua maioria por nomes da oposição. No governo, havia o temor de que o ministro fosse alvo de questionamentos sobre a Operação Lava Jato. Mercadante foi citado pelo delator Ricardo Pessoa, dono da UTC, como recebedor de R$ 250 mil em 2010, quando concorreu ao governo de São Paulo. O ministro afirma que a doação foi legal e devidamente informada à Justiça Eleitoral.
Nenhum comentário:
Postar um comentário