Gustavo Uribe – Folha de S. Paulo
BRASÍLIA - Tido como um dos principais aliados do vice-presidente Michel Temer, o ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil) diz que "não haverá censura prévia" nas discussões do congresso do PMDB, que poderá abordar o rompimento da legenda com o Planalto.
Padilha defende que, assim como PT e PSDB, o PMDB lance candidato próprio nas eleições de 2018 e mantenha a aliança com o governo até a convenção nacional da sigla, em março.
Folha - O congresso do PMDB discutirá o rompimento com o governo?
Eliseu Padilha - Num congresso de militantes do PMDB, a abertura para a discussão é de 360 graus. Está no DNA do PMDB o compromisso com a liberdade de expressão. Não haverá censura prévia. Poderão surgir propostas que contemplem inclusive a questão do rompimento ou não com o governo federal. Isso será absolutamente normal.
Por que continuar apoiando a presidente Dilma?
O PMDB firmou aliança com o PT para as últimas eleições e integramos legitimamente o governo. Enquanto não ocorrer nova decisão da convenção nacional, que legalmente traduz a vontade majoritária do partido, vamos honrar nossos compromissos.
O senhor defende mudanças na atual política econômica?
O programa "Uma Ponte Para o Futuro" [documento lançado pelo PMDB] é mais uma prova de que nosso partido tem compromisso com o povo brasileiro. Sempre que foi necessário, ele propôs novos rumos, como faz agora. Seria muito honroso para o PMDB se o governo adotasse ideias do nosso programa.
Há necessidade de mudar o comando da Fazenda?
Caso o governo tome tal decisão, a definição da composição ministerial será, como hoje é, de competência exclusiva da presidente.
Por que o PMDB deve lançar candidatura própria em 2018?
Por que o PMDB não tem lançado candidato à Presidência sistematicamente? Isto seria o lógico e normal. É o maior partido do Brasil. Como a razão de ser de todo o partido é ascender ao topo para promover o bem-estar da população, o PMDB terá candidatura própria.
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