• Segundo ex-senadora, Dilma e Temer, assim como PT e PMDB, são ‘irmãos siameses’
Renan Xavier* - O Globo
-BRASÍLIA- A ex-senadora e candidata à presidência da República em 2014, Marina Silva (RedeAC), defendeu ontem o processo de impeachment de Dilma Rousseff, mas reafirmou que a melhor saída para a atual situação política do país seria a realização de uma nova eleição presidencial. A porta-voz oficial do partido também atacou a chapa vencedora das últimas eleições e disse que Dilma e Temer são “irmãos siameses”.
— Defendo novas eleições por compreender que o processo de impeachment que está em curso tem base de legalidade. Não é golpe, mas não alcança a finalidade de resolver o problema. O PT e o PMDB; a presidente Dilma e o vice, Michel Temer, são irmãos siameses. Portanto, não se pode imaginar que uma parte do fruto estragado pode ser removida e a outra parte possa ser usada como alimento — declarou a ex-senadora durante coletiva.
Marina lembrou que seu partido, o Rede Sustentabilidade, entrou na última terça-feira com aditamentos em quatro processos que o PSDB abriu em 2015 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a chapa de Dilma e Temer. A alegação dos partidos é que a chapa praticou abuso de poder econômico e político. Marina citou, inclusive, um possível uso de dinheiro proveniente do escândalo do Petrolão, além da suspeita de que o PT possa ter usado a máquina pública em favor da reeleição de Dilma.
Questionado se o movimento a favor de novas eleições, encabeçado por Marina, seria uma pré-candidatura da ex-senadora, José Gustavo, também portavoz nacional do partido, afirmou que ainda não há nada certo para o partido. De acordo com ele, a Rede Sustentabilidade ainda precisa se articular e montar uma chapa, já que tem no momento, “apenas doze segundos garantidos de propaganda no rádio e na televisão e quatro deputados federais”.
Antes da coletiva, Marina afirmou em nota que os eleitores devem decidir os rumos do atual cenário político: “a população tem o direito de dar a palavra final, agora sabendo de tudo o que ficou oculto em 2014, e escolher um novo governo". (*Estagiário sob supervisão de Paulo Celso Pereira)
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