• PT estuda lançar candidato; vereadores do partido apoiam CPI
- O Globo
A ida do secretário municipal de Coordenação de Governo, Pedro Paulo, à reunião do Diretório Nacional do PMDB que definiu a saída do governo federal aumentou a irritação do PT. O partido ameaça retirar o apoio à candidatura do peemedebista à prefeitura do Rio. Os petistas têm cargos no primeiro escalão da administração de Eduardo Paes (PMDB), inclusive o de vice-prefeito, ocupado por Adilson Pires.
— Se o PMDB do Rio votar pelo impeachment, o PT desembarca — disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
Depois que o PMDB do Rio rompeu com o governo Dilma, o presidente estadual do PT, Washington Quaquá, chegou a defender a retirada do apoio a Pedro Paulo. Os petistas estudam lançar candidatura própria ou compor uma chapa com o PCdoB. Os deputados Wadih Damous (PT) e Jandira Feghali ( PCdoB) são nomes cotados. Adilson Pires, porém, tenta colocar panos quentes.
— Não faz sentido esgarçar ainda mais a corda agora. Nossa prioridade é impedir o impeachment. O PMDB tem 68 deputados, e não dá para imaginar que todos vão votar pelo impeachment — pondera.
O distanciamento, no entanto, já chegou à Câmara dos Vereadores, onde foi protocolado pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as obras das Olimpíadas, no rastro da Operação Lava-Jato. Os três vereadores petistas — Reimont, Edson Zanata e Elton Babu — apoiaram a iniciativa. Reimont afirmou que assinaria o requerimento de criação da CPI mesmo que o PMDB não tivesse retirado o apoio à presidente Dilma Rousseff. Ele defende que o partido entregue os cargos e não apoie Pedro Paulo:
— O PT tem que romper com o PMDB no Rio. Muita gente no partido levanta essa tese, que agora ganha mais corpo, porque o PMDB foi muito desonesto com a presidenta Dilma. Existe um grupo do PT, e eu estou incluído nele, que não fará a campanha do Pedro Paulo, mesmo que esta seja a decisão do partido.
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