- O Estado de S. Paulo
O governo desistiu de mandar a reforma da Previdência nesta semana para a Câmara. Depois de muito vaivém sobre o tema, o presidente Michel Temer bateu o martelo num cronograma de discussões sobre o projeto antes de seu envio para o Legislativo, o que torna inviável que ele chegue para os deputados antes das eleições.
Ainda falta definir alguns pontos do projeto, que está sendo elaborado por um grupo interministerial. Depois disso, Temer quer receber a proposta e estudá-la. Ministros lembram que o presidente foi o relator da reforma ministerial feita pelo governo Fernando Henrique Cardoso em 1996, e, por isso, quer antes se inteirar dos detalhes das mudanças que sua equipe vai propor.
A partir daí, Temer, quer se reunir com as centrais sindicais e as confederações patronais. Também realizará uma reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e os líderes na Casa antes de encaminhar a proposta oficialmente, para que eles não aleguem terem sido pegos de surpresa com aspectos polêmicos da reforma.
Esse cronograma de discussões deverá ser deflagrado na semana que vem.
Os primeiros vazamentos sobre mudanças que a reforma estabelece na idade mínima de aposentadoria causaram ruído no Congresso às vésperas da eleição. A reação política e a chance de que a proposta fosse criticada assim que desembarcasse na Câmara também foram levadas em conta para definir o adiamento definitivo, depois de tanta hesitação.
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