Por Andrea Jubé e Bruno Peres – Valor Econômico
BRASÍLIA - O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, afirmou na noite desta terça-feira que os líderes se comprometeram, em jantar com o presidente Michel Temer, votar a proposta de emenda constitucional (PEC) que define um teto para os gastos públicos nos dias 10 e 11 de outubro no plenário da Câmara dos Deputados.
Geddel também confirmou que o envio da reforma da Previdência Social ao Congresso será adiado, mas deve ocorrer ainda em outubro. Porém, a estratégia pode esbarrar no calendário, já que as eleições municipais deste ano terão o primeiro turno em 2 de outubro e o segundo turno em 30 de outubro.
“O Envio da Reforma da Previdência é irreversível, mas não vamos fixar prazo", disse o ministro. Ele ressaltou que o texto final será encaminhado a Temer nesta quinta-feira, e na semana que vem, discutido com representantes das centrais sindicais. Ele acrescentou que espera que, enquanto a PEC do teto dos gastos esteja sendo votada no plenário, nos dias 10 e 11, a reforma já tenha começado a tramitar na Câmara.
“Fomos atropelados no nosso cronograma, a eleição não permitiu que fizéssemos a tempo o debate com centrais, com núcleos empresariais, com líderes, e o presidente avalia que isso é fundamental para que depois não nos acusem de autoritarismo, de enfiar a reforma goela abaixo do Congresso”, afirmou.
Sobre o impasse das bancadas com a PEC do teto dos gastos – os deputados receiam o congelamento dos repasses para saúde e educação – Geddel disse que nesse jantar, foram feitas explicações e esclarecimentos aos líderes sobre o tema.
“Mostramos com números e gráficos que não há prejuízo na educação e saúde, nesses anos os investimentos previstos são maiores que a regra constitucional”, afirmou, ressaltando que o governo vai negociar mudanças, desde que se preserve o “conceito do teto global dos gastos”.
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