Manifestantes do “Fora, Temer” tomaram ontem parte da Avenida Paulista, e o fim do protesto voltou a ter vandalismo de pequenos grupos. Também houve atos no Rio, em Curitiba e em Salvador.
Rio e São Paulo têm atos ‘Fora, Temer’
Na capital paulista, houve violência no final; protestos ainda no PR e na BA
O Globo
-SÃO PAULO, RIO E BRASÍLIA- Um dia após o presidente Michel Temer ter minimizado os atos contra ele, o domingo registrou protestos em quatro capitais: São Paulo, Rio, Curitiba e Salvador. Em São Paulo, a manifestação ocorreu em clima pacífico, na Avenida Paulista, que teve oito quadras tomadas, mas terminou em violência. Após o encerramento oficial do ato, no Largo da Batata, a tropa de choque da PM lançou uma granada de mão contra um grupo na estação de metrô Faria Lima. Houve pânico e correria e mais bombas lançadas, inclusive dentro de bares.
Seguranças da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que organizaram o ato, contiveram black blocs, que tentaram se infiltrar. A PM informou que a repressão começou após um funcionário do metrô denunciar atos de depredação nas estações, o que foi desmentido pelo metrô.
Pelo menos uma jovem e um fotógrafo foram atingidos por balas de borracha nas pernas, e a passageira de um ônibus desmaiou devido ao gás. Lixeiras foram queimadas, e um ponto de ônibus, destruído. Dentro da estação do metrô, passageiros sentiram-se mal também por causa do gás de pimenta.
O ato, iniciado às 17h30m, percorreu as avenidas Paulista e Rebouças, após concentração em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). Segundo os organizadores, cem mil participaram do protesto. A PM não calculou o público.
No Rio, o protesto começou por volta de 11h, em frente ao Copacabana Palace. Numa caminhada da Avenida Atlântica ao Canecão, em Botafogo, manifestantes seguravam cartazes pedindo eleições diretas e gritavam “fora, Temer”, “golpista”. A PM não divulgou a estimativa de presentes.
Na Avenida Princesa Isabel, um carro do jornal “O Estado de São Paulo” foi alvo de um manifestante, que deu dois chutes nas portas do veículo, amassando a lataria. Ninguém ficou ferido. Ele foi contido por outros manifestantes e levado para a 12ª DP (Copacabana).
Em Curitiba, o protesto reuniu 800 pessoas, segundo a PM; os organizadores calcularam 3.500. Manifestantes quebraram a porta de vidro do jornal “Gazeta do Povo”, e o diretório regional do PMDB foi apedrejado e pichado. Em Salvador, uma caminhada contra o governo Temer durou cerca de duas horas. Segundo a PM, 300 pessoas participaram; para os organizadores, foram mil.
Em Brasília, cerca de 30 ciclistas protestaram em frente ao prédio onde mora o senador Cristovam Buarque (PPSDF), que votou pelo impeachment. (Alessandro Giannini, Renata Monti, Renato Onofre e Vinicius Sassine, com G1)
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