Por Raphael Di Cunto | Valor Econômico
BRASÍLIA - Um dos integrantes do grupo que era conhecido como Centrão, o PSD oficializou ontem o apoio à reeleição do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas o líder do partido, Rogério Rosso (DF), deixou para hoje o anúncio se permanece em campanha, mesmo com chances mínimas de vitória, ou aceita a pressão da legenda e desiste de concorrer.
A aliança do partido com Maia é costurada há meses e foi confirmada em café com o líder eleito da legenda, deputado Marcos Montes (MG), em Uberaba (MG). "Pesou na decisão uma ampla e profunda variedade de motivos, entre eles, o reconhecimento de que a atuação de Rodrigo Maia no comando da Câmara tem sido de extrema importância para o projeto do governo federal de tirar o país da sua pior crise econômica - que tanto sofrimento tem provocado ao povo brasileiro", afirma o líder eleito em nota.
O PSD diz na nota que Maia abraçou 16 pontos defendidos pelos deputados do partido, como a reforma política e tributária, fortalecimento dos Estados e municípios e o "direito à vida" - a bancada se manifestou contra o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou o aborto no primeiro trimestre da gravidez. "É claro que ele vai analisar, mas são assuntos para discutirmos no plenário ao longo desses dois anos de mandato", afirmou Montes.
Rosso foi procurado por aliados para ser informado da decisão, mas não respondeu as ligações - só fez contato com Montes após o ato com Maia. Ele também enviou carta para os deputados do PSD, em que dá sinais de que não retirará a candidatura e faz propostas para a Câmara. Aliados de Jovair Arantes (PTB-GO), que também concorre, querem a participação de Rosso para tentar forçar um segundo turno.
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