Apenas três pontos percentuais separam os líderes Marine Le Pen e Emmanuel Macron de Jean-Luc Mélenchon e François Fillon de acordo com pesquisa Ipsos-Sopra Sterna
Reuters | O Estado de S.Paulo
PARIS - A corrida presidencial da França pareceu ficar mais acirrada nesta sexta-feira, 14, nove dias antes do início da votação, depois que uma pesquisa de opinião mostrou os quatro principais candidatos com chances de chegar ao segundo turno, disputado pelos dois mais votados.
A sondagem Ipsos-Sopra Sterna feita para o jornal Le Monde colocou Emmanuel Macron, de centro, e Marine Le Pen, líder da extrema direita, empatados com 22% cada no primeiro turno de 23 de abril, seguidos pelo candidato de extrema esquerda Jean-Luc Mélenchon e o conservador François Fillon, com 20% e 19%, respectivamente. A distância de 3 pontos percentuais entre os quatro está dentro da margem de erro, o que insinua uma disputa bastante indefinida.
Macron deve vencer qualquer um de seus adversários caso vá para a rodada decisiva de 7 de maio, mas a tendência mais notável dos últimos dias é a ascensão rápida de Mélenchon nas intenções de voto na esteira de seu bom desempenho em dois debates na televisão no final de março e início de abril. A pesquisa do Le Monde foi realizada nos dias 12 e 13 de abril com 1.509 entrevistados.
Uma segunda pesquisa divulgada nesta sexta-feira mostrou uma diferença de seis pontos percentuais separando os quatro favoritos do total de 11 candidatos à Presidência. O levantamento diário da empresa Opinionway mostrou Macron na liderança, com 23%, e Mélenchon na retaguarda, com 17%.
Mas o progresso de Mélenchon preocupa os investidores em razão de sua hostilidade à União Europeia e aos seus planos de revogar reformas trabalhistas pró-empresariado. As enquetes apontam que, se chegar ao segundo turno, ele pode derrotar Fillon ou Le Pen.
As pesquisas vêm reiterando que Le Pen, que também repudia a UE e quer descartar o euro, não venceria nenhum candidato na decisão do mês que vem.
Os juízes que estão investigando Le Pen por suposto mal uso de fundos do bloco para pagar assessores partidários pediram a suspensão de sua imunidade parlamentar, mas os problemas legais não a prejudicaram tanto nas sondagens quanto as alegações de nepotismo que abalaram a campanha de Fillon.
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