- O Estado de S.Paulo
A exatamente um mês do prazo final para deixar o governo de São Paulo para se candidatar à Presidência, Geraldo Alckmin dedicará as próximas semanas a uma agenda intensa, que mescla a entrega de obras no front doméstico com a montagem de palanques que deem sustentação a seu projeto eleitoral.
O leque de inaugurações inclui estações (atrasadas) de metrô e as obras restantes do pacote hídrico lançado em 2013, na crise de abastecimento que atingiu o Estado. A ideia é robustecer o portfólio com que o tucano quer se apresentar para o resto do País quando deixar o cargo – e fornecer as manjadas imagens para o horário eleitoral, claro.
A costura que fará como presidente do PSDB tem como fio condutor a determinação de juntar tantos partidos quantos forem possíveis à sua aliança. Para isso, os acordos regionais ganham peso extra às vésperas do prazo final de definições de candidaturas.
Enquanto cumpre esse plano, Alckmin assiste à gradual saída de cena de eventuais concorrentes. Depois de Luciano Huck, agora é Henrique Meirelles o eliminado da vez do Big Brother Presidencial.
Gilberto Kassab fez questão de lhe mandar o bilhete azul em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Pelo PSD, o sonho presidencial do titular da Fazenda não se concretizará. Resta a ele se conformar ou tentar abrigo em outras legendas. Quanto mais se aproxima o fechamento da chamada janela partidária, menores são essas escotilhas.
BANDEIRA BRANCA
DEM lança Maia, mas faz acenos de paz a tucano
O DEM foi explícito: Alckmin não deve entender o balão de ensaio da candidatura de Rodrigo Maia como gesto de hostilidade. O governador foi convidado para a convenção amanhã, onde seria “muito bem recebido”, mas não irá em razão da viagem a Washington.
MENOS UM
Alckmin já não conta com o PSB em sua coligação
Nos cálculos de tempo de TV que apresenta a aliados, Alckmin já não inclui o PSB. O tucano acha que as conversas com o partido se complicaram em razão da disputa em São Paulo e da propensão do comando nacional pessebista de orbitar ao redor ao PT.
POPULARIDADE
Reveses no STF ofuscarampauta da segurança, vê Planalto
Diante da pesquisa CNT/MDA que mostra quase inalterada a impopularidade de Michel Temer mesmo depois da intervenção federal no Rio, a avaliação no Palácio do Planalto é de que a pauta da segurança foi solapada pela sucessão de reveses que o presidente sofreu no Supremo Tribunal Federal desde a semana passada. A quebra de sigilo do emedebista e sua inclusão em mais um inquérito jogam contra seu discurso de que foi vítima de uma “conspiração” de Rodrigo Janot e os irmãos Batista, reconhece um aliado.
‘LÍDER FERIDO’
Políticos citados por delatores evitam acusar Paulo Preto
Chamou a atenção de integrantes do Ministério Público a extrema cautela com que Gilberto Kassab se referiu a Paulo Vieira, o Paulo Preto, na recente entrevista. Advogados dos citados nas delações da Odebrecht explicam o porquê: a ordem aos clientes é evitar provocar o ex-diretor da Dersa, que oscila como biruta entre fazer ou não um acordo de colaboração judicial.
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