Peemedebista disse que na democracia é preciso respeitar as ‘instituições’
Letícia Fernandes | O Globo
-BRASÍLIA- Em seu pronunciamento, Michel Temer lembrou ainda que o Brasil passará por eleições em outubro — das quais não descarta participar como candidato — e disse que é preciso dar fim à “disputa irracional” que, segundo ele, “joga uns contra outros”.
“Esse é um ano de eleições. É um ano de escolhas. E elas deverão transcorrer na maior tranquilidade e é isso que quero garantir-lhes a partir das minhas competências como Presidente da República Federativa do Brasil. E pra isso é preciso paz, justiça, segurança, responsabilidade. É preciso coragem. É preciso saber fazer. E estamos na direção certa”, afirma.
Temer enfatiza que, graças ao seu governo, o “Brasil virou o jogo”, e que há dificuldade em admitir suas “vitórias expressivas”.
“A verdade é que o Brasil virou esse jogo. Alcançamos, nesses dois anos, vitórias expressivas, recordes após recordes, mas muitos teimam em não perceber a mudança. Em não admitir o nosso sucesso: o sucesso do Brasil”, afirma.
No pronunciamento, Temer também elenca dados econômicos positivos de sua gestão, como a diminuição da inflação, o saque das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e a diminuição da idade para saque do PIS (Programa de Integração Social) e do Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público). Para ele, é preciso ter mais otimismo.
“Precisamos de uma injeção de otimismo no país. Precisamos, verdadeiramente, de bons sentimentos. O Brasil voltou para ganhar. E precisamos ter orgulho disso!”, diz o presidente.
INTERVENÇÃO NO RIO
Temer também aproveitou para comentar a intervenção federal no Rio, decretada em fevereiro. Ele disse que tanto a intervenção quanto a criação do Ministério da Segurança Pública, comandada por Raul Jungmann, foram iniciativas “inéditas”, que “governo algum” teve coragem de fazer.
No pronunciamento, Temer também repetiu o que ele e seus aliados vêm dizendo, para responder o que chamam de “ataques” do Judiciário, de que é preciso respeitar a Constituição. Sem isso, afirmou o presidente, cria-se insegurança nas instituições:
“Somos livres e vivemos em um Estado democrático de direito, onde deve haver o respeito mútuo, o respeito às leis e, principalmente, o respeito à Constituição Federal. Desrespeitá-la é criar insegurança e instabilidade entre pessoas e instituições”.
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