Ao tratar de alianças, pré-candidata disse que Rede tem ‘boa prata da casa’
- O Globo
Apesar da falta de estrutura de seu partido, Marina Silva, pré-candidata da Rede ao Planalto, afirmou ontem que cogita disputar a eleição com uma chapa puro-sangue. Nesse caso, teria como vice um nome de sua própria legenda nas eleições de outubro.
Marina reiterou, porém, que continua em diálogo com PPS, PHS, PROS e parte da direção do PV, cortejado por Alckmin.
— Até o dia 4 de agosto (quando deve acontecer a convenção partidária), teremos um candidato a vice. Temos uma boa prata da casa e bons nomes na Rede, em que pese buscarmos esses partidos a que me referi temos dialogado — disse Marina, em entrevista à Rádio Super Notícia, de Minas Gerais.
A pré-candidata esteve em Belo Horizonte para lançar o nome de Kaka Menezes ao Senado Federal.
— O fato de ter o compromisso programático não é uma dificuldade. Não vamos fazer alianças esdrúxulas só para ter tempo de TV — afirmou Marina.
A última pesquisa Ibope, divulgada no final de junho, mostra que, no cenário sem a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marina aparece com 13% das intenções de voto. Segundo o instituto, a pré-candidata está no limite do empate técnico com o ex-capitão do exército e deputado Jair Bolsonaro (PSL), que tem 17% das intenções de voto. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.
Questionada sobre a possibilidade aventada por partidos de esquerda de formar uma frente única para derrotar Bolsonaro num eventual segundo turno, Marina rejeitou qualquer tipo de aliança.
PARTIDOS TRADICIONAIS NA MIRA
A pré-candidata também partiu para ataque contra partidos como PT, DEM e MDB. Marina também não poupou o PSDB, embora tenha feito um movimento recente de aproximação com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na semana passada, ela enviou emissários para um evento de renovação partidário capitaneado por Fernando Henrique, que tem feitos elogios a Marina.
— Toda vez que a sociedade brasileira quer fazer uma mudança, os partidos da polarização dizem que é fundamental se unir em torno deles para continuarem no poder. É assim que, historicamente, o PT e o PSDB vão para o segundo turno. Um diz que é a salvação porque vai privatizar, outro porque vai estatizar — alfinetou a pré-candidata, que se apresentou como defensora da ação de combate à corrupção: — Não queremos alianças com quem faz oposição ao combate à corrupção. Não há interesse de nossa parte de fazer alianças com os partidos que hoje estão unidos combatendo a Lava-Jato, como PT, PSDB, MDB e DEM e os seus satélites.
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