Eles dizem que não há chance de acontecer a aproximação de setores de centro aventada pelo deputado
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Folha de S. Paulo / Painel
Entrevistas recentes em que o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) falou em aproximar campo progressista e centro e tratou das eleições de 2022 (quando pretende ser candidato ao governo do Rio) foram mal recebidas no PSOL.
Freixo,
recém-eleito líder da minoria na Câmara, falou sobre os temas à Folha e aos jornais O Globo e a O
Estado de S. Paulo.
Membros
de destaque do partido dizem que não há qualquer perspectiva de se aproximar de
partidos de centro, que não há chance de se juntarem a Eduardo Paes e Rodrigo
Maia, ambos do DEM, e que falar em eleição no atual momento da pandemia
sinaliza que Freixo quer deixar mesmo o PSOL —o deputado tem sido especulado
em PDT e PT.
"Estou conversando muito com todos os setores do PSOL. Toda nossa ação no Congresso tem como prioridade a pandemia. Enfrentar Bolsonaro também é enfrentar a pandemia", diz Freixo ao Painel.
"O
PSOL aprovou documento indicando poder fazer parte da aliança que estará com
Lula. Esse debate está colocado no partido. É diferente nos estados? Lula fará
aliança só com a esquerda? Temos que ter calma e muito diálogo. O PSOL é um
partido muito importante no enfrentamento a Bolsonaro", completa.
Freixo
diz que defende uma aliança de centro-esquerda para derrotar o fascismo.
"Considero que não podemos errar. Não temos o direito de correr o risco de sermos derrotados novamente. Temos que buscar o que temos em comum e não o idêntico. Estou priorizando a defesa da democracia. Tenho muito respeito por todos do PSOL. Construímos muita coisa juntos. Por isso, quero ouvir e aprender com todos os companheiros. Não é um debate simples, mas temos que fazer", conclui.
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