Folha de S. Paulo
A capacidade de destruição da atual gestão
ainda é considerável e exige que organizemos nossas defesas
Não é porque Jair Bolsonaro parou de atacar
diuturnamente o Supremo Tribunal Federal e outras instituições que seu governo
se tornou menos nefasto. Ainda que com menos estardalhaço, ele permanece
altamente destrutivo.
No campo da economia, o país retrocedeu várias décadas com PEC dos Precatórios, que permitirá ao governo e seus cúmplices do centrão expropriar recursos privados cujo recebimento já havia sido determinado pela Justiça. Para usar um rótulo caro aos bolsonaristas, a medida recende um "comunismo" com o qual as gestões petistas nem sequer ousaram flertar. O pior é que teria sido perfeitamente possível criar um bom mecanismo de auxílio emergencial, que é mais do que necessário, sem incorrer nesse tipo de violação às regras do jogo. Bastaria ter revisto algum dos muitos programas e subsídios pouco eficazes que o Estado brasileiro distribui à farta.
Na educação, as mudanças nas regras
do Prouni levantam a suspeita de que o governo, que vinha
pecando principalmente por omissão nessa seara, vai agora exercer um papel mais
ativo, desmontando deliberadamente o que funcionava.
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