O Globo
Gerar engajamento promovendo informações
relevantes é um caminho potente para criarmos uma rede rumo à transformação
necessária
As redes sociais, nós sabemos, representam um meio de comunicação importantíssimo hoje. Com elas, podemos nos relacionar com familiares, amigos, colegas de trabalho e até com quem não conhecemos pessoalmente, mas que, de alguma forma, admiramos ou nos admira. O poder dessas redes é inquestionável, servindo tanto para promover ações positivas quanto para disseminar, por exemplo, notícias falsas (fake news).
Os meus canais na internet têm quase 400 mil
seguidores. No LinkedIn, rede social direcionada a assuntos profissionais, são
mais de 205 mil pessoas que me acompanham. Tamanho alcance me faz, com
frequência, pensar sobre a nossa responsabilidade ao produzir conteúdos em
ambientes virtuais. Precisamos de atenção redobrada: uma informação pode
viralizar em pouco tempo e afetar indivíduos ou grupos de maneira grave.
Leis para o digital
Promover o direito e o dever digitais é algo
discutido desde 2007. Com o avanço da tecnologia e, em particular, da
inteligência artificial (IA), observamos uma corrida contra o tempo no que diz
respeito ao combate de cibercrimes e à promoção de uma educação a favor do bom
uso da internet e das redes sociais.
Uma das leis mais importantes desde o início
da era tecnológica é a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), n°
13.709/2018. Segundo o site do governo federal, a LGPD procura proteger os
direitos fundamentais de liberdade e privacidade, além da livre formação da
personalidade de cada indivíduo. Já leis anteriores à primazia do on-line
também seguem em vigor no contexto virtual. A lei nº 7.716/89, a qual garante
que todos sejam respeitados independentemente de raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional, aplica-se à convivência mediada pela internet, nos
resguardando e, em simultâneo, nos cobrando atitudes éticas.
O poder da comunicação
É importante entender como nossos seguidores
chegam até nós, qual a relevância do que publicamos e o quanto isso interfere
na sociedade. Nas minhas redes, há uma audiência que busca se conectar com a
minha história, com assuntos voltados para a área de negócios, diversidade e
meio ambiente. Sei da minha responsabilidade por representar pessoas que, de
alguma maneira, enxergam em mim um lugar de pertencimento almejado.
Com os meus mais de trinta anos de
experiência corporativa, construí um compromisso empresarial e social que,
agora, é desenvolvido e praticado também no universo digital, sempre com o
intuito de democratizar dados verídicos e promover debates qualificados.
Fomentar o acesso à comunicação e à
informação de qualidade é um passo muito importante para os avanços necessários
na batalha contra a desinformação em massa. Todo assunto que debato nos meus
artigos de opinião, publicados em jornais, revistas e sites, são compartilhados
para minha audiência das redes sociais, com o objetivo de que mais gente tenha
a oportunidade de entrar em contato com veículos que prezam pela integridade da
informação.
O meu respeito à imprensa e à ciência se
conecta com as minhas ações e com o modo que escolho me comunicar com quem me
segue. Trazer dados e notícias que se somam ao meu trabalho à frente de
assuntos pertinentes para a sociedade é uma escolha respeitosa com o meu
público e também um compromisso como cidadã.
No nosso país, a TV ainda é o meio de
comunicação mais consumido. No entanto, a internet já ocupa o segundo lugar. O
Brasil é o terceiro maior utilizador de redes sociais do mundo, de acordo com
levantamento da Comscore em 2023 (mais de 131,5 milhões de pessoas estão
conectadas). E é por isso que acredito que gerar engajamento promovendo
informações relevantes é um caminho potente para criarmos uma rede rumo à
transformação necessária, validando e renovando nossos direitos e deveres no
mundo.
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