DEU EM O GLOBO
Genro de candidato quer saber se seus dados do IR também foram violados
Genro de candidato quer saber se seus dados do IR também foram violados
SÃO PAULO. Além de criticar a quebra de sigilo, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, aproveitou a sabatina no "Estado de S.Paulo" para atacar a adversária Dilma Rousseff, do PT. Serra ironizou a falta de conhecimento sobre a trajetória política de Dilma. Segundo ele, votar na petista é como escolher um "envelope fechado" sem saber o seu conteúdo.
- A escolha é entre algo conhecido e testado e um envelope fechado. É como aqueles realejos, em que o periquito vai lá e pega um papelzinho que a gente não sabe o que tem dentro - disse, na sabatina do Grupo Estado.
Ao responder por que o eleitor deveria votar no PSDB, já que o país estaria num quadro favorável economicamente, Serra defendeu o trabalho realizado pelo governo anterior.
- Ora, o Brasil não foi criado em 2003, e nem se encerra em 2010.
Tucano quer que Cartaxo seja ouvido pela PF
Ao comentar suas propostas para uma reforma política, Serra defendeu campanhas mais simples. O tucano afirmou que os gastos com programas na TV, quando se "extrai dinheiro", aumentam as chances de problemas no processo eleitoral.
- Eu defendo voto distrital e mudanças no horário gratuito, que não tem nada de gratuito. Pagar campanha legitima a corrupção - disse ele.
Serra disse que o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, e dirigentes do PT deveriam ser ouvidos pela Polícia Federal para dar explicações sobre o vazamento de dados sigilosos no órgão. Num corpo-a-corpo em Pará de Minas, no interior mineiro, o tucano afirmou que "esse pessoal não tem conserto", referindo-se a integrantes do governo e pessoas ligadas à candidatura de Dilma:
- A Polícia Federal deveria ouvir o secretário da Receita, os dirigentes do PT, muita gente.
Serra estava acompanhado do candidato do PSDB ao Senado por Minas, Aécio Neves, que também comentou o escândalo de vazamento.
- Tudo o que está acontecendo é sério e o PT, com a responsabilidade de ter uma candidata a presidente e um governo, deveria tratar do assunto com responsabilidade - disse.
Ontem, o empresário Alexandre Bourgeois - marido de Verônica Serra, filha do candidato - informou que ingressaria hoje com um pedido administrativo junto à Receita Federal para saber se os seus dados sigilosos também foram violados. Bourgeois quer saber se, em função disso, pode tomar alguma medida judicial. O genro de Serra disse que se a Receita não esclarecer o que aconteceu, ele pretende entrar na Justiça com um ação pedindo explicações.
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