DEU EM O GLOBO
Serpro confirma que dados de filha de Serra foram abertos mais de uma vez
A Justiça Eleitoral de São Paulo desmentiu o pT e informou que o suposto contador Antônio Carlos Atella Ferreira - que usou uma procuração falsa em nome de Verônica Serra para obter ilegalmente seus dados fiacais na Receita Federal - ainda é formalmente filiado ao partido.
TRE desmente PT
Contador que usou procuração falsa sobre filha de Serra continua filiado ao partido
Germano Oliveira e Adauri Antunes Barbosa
Osuposto contador Antonio Carlos Atella Ferreira - que usou uma procuração falsa em nome de Verônica Serra para obter ilegalmente seus dados fiscais na Receita Federal - ainda é formalmente filiado ao PT, ao contrário do que informou o partido no sábado. Ontem, a Justiça Eleitoral desmentiu a versão do PT, de que ele nunca chegou a ter sua filiação concretizada por um erro de digitação de seu nome. O Cartório Eleitoral onde o contador está registrado divulgou uma certidão garantindo que o partido ainda não o desfiliou.
Segundo certidão expedida ontem pelo cartório da 183ª Zona Eleitoral, de Ribeirão Pires (SP), o Diretório do PT de Mauá oficializou à Justiça Eleitoral, em 20 de outubro de 2003, a filiação de Atella. Em 10 de janeiro de 2006, Atella mudou o domicílio eleitoral de Mauá para Ribeirão Pires, cidade vizinha, que faz parte do ABC paulista. A mudança de diretório não foi comunicada. Como Atella passou a votar em Ribeirão Pires, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) verificou, em 21 de novembro de 2009, que havia divergências de informações em relação ao domicílio eleitoral e excluiu o nome de Atella como eleitor filiado - o que não significa que ele tenha deixado de ser filiado ao PT.
Desfiliação não foi comunicada ao TRE
Na certidão emitida ontem pela Justiça Eleitoral está a confirmação de que Atella continua filiado ao PT. "Certifico que não há pedido de desfiliação do eleitor acima mencionado nos arquivos da Justiça Eleitoral", diz o documento assinado por Fabiana Gonzalez Mendes, chefe do cartório da 183ª Zona Eleitoral de Ribeirão Pires, onde Atella é eleitor regular.
Segundo a assessoria de imprensa do TRE de São Paulo, o PT nunca informou à Justiça Eleitoral que Atella estava desfiliado. A desfiliação precisaria ser comunicada ao TRE, informou a assessoria. O nome do suposto contador, de acordo com o tribunal, só foi excluído por divergências em seu domicílio eleitoral, e não porque o PT o tenha desfiliado.
Assim, em 29 de setembro de 2009, quando Atella foi à Receita Federal em Mauá para obter dados fiscais de Verônica - filha do candidato tucano à Presidência, José Serra - com uma procuração falsa, ela ainda era filiado ao PT.
O PT de Mauá informou que Atella não era militante ativo. Em nota divulgada sábado, disse que Atella chegou a apresentar proposta de filiação com o nome de Antonio Carlos Atelka Ferreira. Por essa versão, devido ao erro de digitação (Atelka no lugar de Atella), o contador não teve seu pedido de filiação efetivado. Mas o TRE negou que o contador tenha se filiado com o nome de Atelka.
Em nota divulgada ontem à noite, o secretário nacional de Organização do PT, Paulo Frateschi, afirma que a certidão da 183ª Zona Eleitoral de Ribeirão Pires "não contradiz a informação central" do partido sobre o registro de Atella e insistiu na versão apresentada no fim de semana: "Reafirmamos que o nome do senhor Antonio Carlos Atella Ferreira consta no cadastro do partido incorretamente grafado como Antonio Carlos Altelka Ferreira, conforme divulgado pelo PT-SP", diz a nota.
Para o PT nacional, o "esclarecimento" do TRE não contradiz a informação dada anteriormente. "Ao contrário, corrobora nossa afirmação, de que ele nunca procurou o partido para regularizar sua situação, bem como não participou de qualquer órgão de direção partidária nem de qualquer evento, seminário, reunião ou atividade promovida pelo diretório, não tendo nunca cumprido quaisquer obrigações estatutárias."
Servidora é filiada ao PMDB desde 81
Apesar de referendar a versão da seção paulista do partido, o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, afirmou ontem que petistas que venham a ser culpados de irregularidades no escândalo da quebra de sigilo serão punidos:
- Não há nenhuma participação institucional do partido ou da campanha nos vazamentos. Eles (filiados envolvidos) deverão responder na Justiça e ao partido pelos atos que cometeram.
O TRE paulista informou ontem que outra funcionária da Receita de Mauá, Ana Maria Rodrigues Caroto Cano, que em 2009 acessou dados do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, de mais três tucanos e dezenas de outros é filiada ao PMDB desde 9 de setembro de 1981.
Ana Maria estava na Receita de Mauá cedida pelo Serpro, assim como Adeildda Ferreira Leão dos Santos. Ana Maria e e Adeildda usaram a senha de Antonia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva, que chefiava o escritório da Receita em Mauá, para obter os dados dos tucanos de forma "imotivada", já que eles não têm domicílio na cidade.
De 4 de agosto a 16 de novembro de 2009, as funcionárias acessaram dezenas de nomes de pessoas ligadas ao PSDB e também de empresários, como Samuel Klein, das Casas Bahia, e Ana Maria Braga, da TV Globo.
O TRE informou que as outras três funcionárias da Receita envolvidas na quebra do sigilo, Antonia Aparecida, Adeildda e e Lucia de Fátima Gonçalves Milan (que liberou os dados de Verônica com o uso da procuração falsa), não têm filiação partidária.
Colaborou Gerson Camarotti
Serpro confirma que dados de filha de Serra foram abertos mais de uma vez
A Justiça Eleitoral de São Paulo desmentiu o pT e informou que o suposto contador Antônio Carlos Atella Ferreira - que usou uma procuração falsa em nome de Verônica Serra para obter ilegalmente seus dados fiacais na Receita Federal - ainda é formalmente filiado ao partido.
TRE desmente PT
Contador que usou procuração falsa sobre filha de Serra continua filiado ao partido
Germano Oliveira e Adauri Antunes Barbosa
Osuposto contador Antonio Carlos Atella Ferreira - que usou uma procuração falsa em nome de Verônica Serra para obter ilegalmente seus dados fiscais na Receita Federal - ainda é formalmente filiado ao PT, ao contrário do que informou o partido no sábado. Ontem, a Justiça Eleitoral desmentiu a versão do PT, de que ele nunca chegou a ter sua filiação concretizada por um erro de digitação de seu nome. O Cartório Eleitoral onde o contador está registrado divulgou uma certidão garantindo que o partido ainda não o desfiliou.
Segundo certidão expedida ontem pelo cartório da 183ª Zona Eleitoral, de Ribeirão Pires (SP), o Diretório do PT de Mauá oficializou à Justiça Eleitoral, em 20 de outubro de 2003, a filiação de Atella. Em 10 de janeiro de 2006, Atella mudou o domicílio eleitoral de Mauá para Ribeirão Pires, cidade vizinha, que faz parte do ABC paulista. A mudança de diretório não foi comunicada. Como Atella passou a votar em Ribeirão Pires, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) verificou, em 21 de novembro de 2009, que havia divergências de informações em relação ao domicílio eleitoral e excluiu o nome de Atella como eleitor filiado - o que não significa que ele tenha deixado de ser filiado ao PT.
Desfiliação não foi comunicada ao TRE
Na certidão emitida ontem pela Justiça Eleitoral está a confirmação de que Atella continua filiado ao PT. "Certifico que não há pedido de desfiliação do eleitor acima mencionado nos arquivos da Justiça Eleitoral", diz o documento assinado por Fabiana Gonzalez Mendes, chefe do cartório da 183ª Zona Eleitoral de Ribeirão Pires, onde Atella é eleitor regular.
Segundo a assessoria de imprensa do TRE de São Paulo, o PT nunca informou à Justiça Eleitoral que Atella estava desfiliado. A desfiliação precisaria ser comunicada ao TRE, informou a assessoria. O nome do suposto contador, de acordo com o tribunal, só foi excluído por divergências em seu domicílio eleitoral, e não porque o PT o tenha desfiliado.
Assim, em 29 de setembro de 2009, quando Atella foi à Receita Federal em Mauá para obter dados fiscais de Verônica - filha do candidato tucano à Presidência, José Serra - com uma procuração falsa, ela ainda era filiado ao PT.
O PT de Mauá informou que Atella não era militante ativo. Em nota divulgada sábado, disse que Atella chegou a apresentar proposta de filiação com o nome de Antonio Carlos Atelka Ferreira. Por essa versão, devido ao erro de digitação (Atelka no lugar de Atella), o contador não teve seu pedido de filiação efetivado. Mas o TRE negou que o contador tenha se filiado com o nome de Atelka.
Em nota divulgada ontem à noite, o secretário nacional de Organização do PT, Paulo Frateschi, afirma que a certidão da 183ª Zona Eleitoral de Ribeirão Pires "não contradiz a informação central" do partido sobre o registro de Atella e insistiu na versão apresentada no fim de semana: "Reafirmamos que o nome do senhor Antonio Carlos Atella Ferreira consta no cadastro do partido incorretamente grafado como Antonio Carlos Altelka Ferreira, conforme divulgado pelo PT-SP", diz a nota.
Para o PT nacional, o "esclarecimento" do TRE não contradiz a informação dada anteriormente. "Ao contrário, corrobora nossa afirmação, de que ele nunca procurou o partido para regularizar sua situação, bem como não participou de qualquer órgão de direção partidária nem de qualquer evento, seminário, reunião ou atividade promovida pelo diretório, não tendo nunca cumprido quaisquer obrigações estatutárias."
Servidora é filiada ao PMDB desde 81
Apesar de referendar a versão da seção paulista do partido, o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, afirmou ontem que petistas que venham a ser culpados de irregularidades no escândalo da quebra de sigilo serão punidos:
- Não há nenhuma participação institucional do partido ou da campanha nos vazamentos. Eles (filiados envolvidos) deverão responder na Justiça e ao partido pelos atos que cometeram.
O TRE paulista informou ontem que outra funcionária da Receita de Mauá, Ana Maria Rodrigues Caroto Cano, que em 2009 acessou dados do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, de mais três tucanos e dezenas de outros é filiada ao PMDB desde 9 de setembro de 1981.
Ana Maria estava na Receita de Mauá cedida pelo Serpro, assim como Adeildda Ferreira Leão dos Santos. Ana Maria e e Adeildda usaram a senha de Antonia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva, que chefiava o escritório da Receita em Mauá, para obter os dados dos tucanos de forma "imotivada", já que eles não têm domicílio na cidade.
De 4 de agosto a 16 de novembro de 2009, as funcionárias acessaram dezenas de nomes de pessoas ligadas ao PSDB e também de empresários, como Samuel Klein, das Casas Bahia, e Ana Maria Braga, da TV Globo.
O TRE informou que as outras três funcionárias da Receita envolvidas na quebra do sigilo, Antonia Aparecida, Adeildda e e Lucia de Fátima Gonçalves Milan (que liberou os dados de Verônica com o uso da procuração falsa), não têm filiação partidária.
Colaborou Gerson Camarotti
Nenhum comentário:
Postar um comentário