DEU EM O GLOBO
Economista de formação, Dilma deverá participar mais ativamente das decisões. Equipe tende a ser mais homogênea
Henrique Gomes Batista
O primeiro discurso de Dilma Rousseff após sua eleição agradou a diversas lideranças dos mais variados segmentos econômicos do país da exportação à construção, passando pelo comércio. Ao citar pontos como a melhoria do gasto público e a consciência da atual guerra cambial, a petista indicou linhas gerais de sua política econômica, o que foi bem recebido por especialistas. Para muitos, Dilma fará mudanças fundamentais em relação ao atual governo.
A presidente, economista de formação, participará mais ativamente das decisões do setor, e a equipe econômica deverá estar mais alinhada, mais homogênea, sem repetir alguns dos conflitos vividos no atual governo entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles.
A lista dos possíveis integrantes da futura equipe econômica, com nomes como o próprio Mantega, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e o secretário de política econômica, Nelson Barbosa, contribuem para essa avaliação.
Estamos muito otimistas.
Pelo que ela tem feito, pensa, e pelo discurso de ontem, podemos concluir que ela perseguirá uma redução nas taxas de juros, e para isso terá que controlar os gastos públicos, ao mesmo tempo que terá de reforçar o mercado interno, depender menos do cenário externo. Acreditamos que ela e a possível equipe econômica têm capacidade para chegar a estes objetivos afirmou Paulo Safady Simão, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
O economista da Confederação Nacional de Comércio (CNC) Carlos Thadeu de Freitas disse acreditar que Dilma deu mostras de que vai perseguir o aumento dos investimentos no país sem descuidar da estabilidade. Em sua opinião, o governo da petista poderá ser mais conservador nas políticas monetária e fiscal que a atual gestão de Lula: O mercado financeiro já demonstrou essa confiança, pois nesta segunda-feira (ontem) houve uma redução dos juros futuros no mercado disse.
Os nomes que começam a ser associados a seu futuro governo, na área econômica, são pessoas com muita capacidade para formular políticas. A volta de Antonio Palocci ao Ministério da Fazenda, ao meu ver, talvez sequer seja necessária
Expectativa de mais negociação com o Congresso Luís Afonso Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), concorda com a avaliação de que o governo Dilma deverá ter uma política monetária mais austera, o que contribui para expectativas positivas: Além disso, acredito que o governo de Dilma deverá negociar mais com o Congresso, o que permitirá avanços tributários, sobretudo na desoneração dos investimentos. Acredito também que deverão ser formados acordos de investimentos com outros países.
José Augusto de Castro, da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), acredita, contudo, que é necessário conhecer melhor suas propostas e, principalmente, sua equipe, para avaliar qual será sua atuação: Espero que ela mude algumas coisas, pois a situação cambial favorece as importações e facilita a estagnação da indústria nacional. Mas é fato que ela tende a ser mais atuante nas discussões econômicas que Lula, até por ser economista, e ter uma equipe mais homogênea.
Economista de formação, Dilma deverá participar mais ativamente das decisões. Equipe tende a ser mais homogênea
Henrique Gomes Batista
O primeiro discurso de Dilma Rousseff após sua eleição agradou a diversas lideranças dos mais variados segmentos econômicos do país da exportação à construção, passando pelo comércio. Ao citar pontos como a melhoria do gasto público e a consciência da atual guerra cambial, a petista indicou linhas gerais de sua política econômica, o que foi bem recebido por especialistas. Para muitos, Dilma fará mudanças fundamentais em relação ao atual governo.
A presidente, economista de formação, participará mais ativamente das decisões do setor, e a equipe econômica deverá estar mais alinhada, mais homogênea, sem repetir alguns dos conflitos vividos no atual governo entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles.
A lista dos possíveis integrantes da futura equipe econômica, com nomes como o próprio Mantega, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e o secretário de política econômica, Nelson Barbosa, contribuem para essa avaliação.
Estamos muito otimistas.
Pelo que ela tem feito, pensa, e pelo discurso de ontem, podemos concluir que ela perseguirá uma redução nas taxas de juros, e para isso terá que controlar os gastos públicos, ao mesmo tempo que terá de reforçar o mercado interno, depender menos do cenário externo. Acreditamos que ela e a possível equipe econômica têm capacidade para chegar a estes objetivos afirmou Paulo Safady Simão, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
O economista da Confederação Nacional de Comércio (CNC) Carlos Thadeu de Freitas disse acreditar que Dilma deu mostras de que vai perseguir o aumento dos investimentos no país sem descuidar da estabilidade. Em sua opinião, o governo da petista poderá ser mais conservador nas políticas monetária e fiscal que a atual gestão de Lula: O mercado financeiro já demonstrou essa confiança, pois nesta segunda-feira (ontem) houve uma redução dos juros futuros no mercado disse.
Os nomes que começam a ser associados a seu futuro governo, na área econômica, são pessoas com muita capacidade para formular políticas. A volta de Antonio Palocci ao Ministério da Fazenda, ao meu ver, talvez sequer seja necessária
Expectativa de mais negociação com o Congresso Luís Afonso Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), concorda com a avaliação de que o governo Dilma deverá ter uma política monetária mais austera, o que contribui para expectativas positivas: Além disso, acredito que o governo de Dilma deverá negociar mais com o Congresso, o que permitirá avanços tributários, sobretudo na desoneração dos investimentos. Acredito também que deverão ser formados acordos de investimentos com outros países.
José Augusto de Castro, da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), acredita, contudo, que é necessário conhecer melhor suas propostas e, principalmente, sua equipe, para avaliar qual será sua atuação: Espero que ela mude algumas coisas, pois a situação cambial favorece as importações e facilita a estagnação da indústria nacional. Mas é fato que ela tende a ser mais atuante nas discussões econômicas que Lula, até por ser economista, e ter uma equipe mais homogênea.
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