DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Capitaneado por Aécio, partido articula agenda 'propositiva' para oposição no Congresso
Eduardo Kattah e Amanda Romanelli
BELO HORIZONTE e SÃO PAULO - Fortalecido pela vitória na eleição majoritária estadual, capitaneada pelo ex-governador e senador eleito, Aécio Neves, o PSDB mineiro aposta que a prática irá evidenciar o fim da hegemonia paulista no partido. Aécio já articula apoios visando estabelecer uma agenda própria do Congresso, para tirar o Parlamento do que considera um papel de submissão em relação ao Executivo. A intenção é fazer com que o Legislativo tome a iniciativa de discutir reformas estruturantes para o País.
O secretário-geral do PSDB, deputado federal Rodrigo de Castro (MG), admite que a perda de espaço no Congresso "é um dificultador a mais para a oposição", especialmente em relação ao Senado, mas diz que o objetivo é fazer uma "oposição de qualidade".
"Vai ser sempre uma oposição firme, uma oposição serena, é claro, sempre visando o bem do Brasil, dialogando quando tem de dialogar, mas também mostrando os pontos fracos e mostrando os caminhos. Com certeza será uma oposição de qualidade", afirmou Castro, ao comentar o resultado da eleição presidencial, no fim da noite de domingo, 31.
Um dos mais importantes aliados de Aécio, o secretário-geral considera agora fundamental a união do partido. "Não se faz um projeto presidencial pensando numa hegemonia de quem quer que seja, ou de um estado em relação ao outro."
Em São Paulo, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), esteve na residência do candidato derrotado José Serra. Ao chegar, o senador afirmou a repórteres que, ao contrário de 2006, o PSDB esteve unido durante a campanha. Por isso, condenou o comentário que Xico Graziano, coordenador do programa de governo de Serra, fez no Twitter. O ex-secretário do governo paulista e coordenador do programa de governo de Serra questionou a surpreendente derrota do tucano em Minas Gerais, um ataque indireto ao senador eleito Aécio Neves.
"O Xico é um companheiro nosso, um grande quadro, mas está completamente equivocado. Não falei com ele, mas ele está errado. Todos trabalhamos pela eleição do Serra, inclusive o governador Aécio Neves, e com muita força e muita determinação. Acho que ele cometeu uma injustiça", disse.
Balanço. O senador afirmou também que um balanço sobre o resultado do pleito deverá ser feito apenas no fim da próxima semana, em uma reunião da diretoria executiva do partido. Guerra, porém, adiantou que o PSDB considerou a disputa "desequilibrada", visto que, na sua opinião, Serra precisou enfrentar não só a adversária, mas também a máquina pública.
"Nossa estrutura era infinitamente menor que a do PT e a da candidata deles. Só um cego não viu (o uso da máquina administrativa). Mesmo assim, tivemos 45% dos votos, elegemos oito governadores, além de dois do DEM, e elegemos deputados e senadores consistentes. Crescemos como partido."
Capitaneado por Aécio, partido articula agenda 'propositiva' para oposição no Congresso
Eduardo Kattah e Amanda Romanelli
BELO HORIZONTE e SÃO PAULO - Fortalecido pela vitória na eleição majoritária estadual, capitaneada pelo ex-governador e senador eleito, Aécio Neves, o PSDB mineiro aposta que a prática irá evidenciar o fim da hegemonia paulista no partido. Aécio já articula apoios visando estabelecer uma agenda própria do Congresso, para tirar o Parlamento do que considera um papel de submissão em relação ao Executivo. A intenção é fazer com que o Legislativo tome a iniciativa de discutir reformas estruturantes para o País.
O secretário-geral do PSDB, deputado federal Rodrigo de Castro (MG), admite que a perda de espaço no Congresso "é um dificultador a mais para a oposição", especialmente em relação ao Senado, mas diz que o objetivo é fazer uma "oposição de qualidade".
"Vai ser sempre uma oposição firme, uma oposição serena, é claro, sempre visando o bem do Brasil, dialogando quando tem de dialogar, mas também mostrando os pontos fracos e mostrando os caminhos. Com certeza será uma oposição de qualidade", afirmou Castro, ao comentar o resultado da eleição presidencial, no fim da noite de domingo, 31.
Um dos mais importantes aliados de Aécio, o secretário-geral considera agora fundamental a união do partido. "Não se faz um projeto presidencial pensando numa hegemonia de quem quer que seja, ou de um estado em relação ao outro."
Em São Paulo, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), esteve na residência do candidato derrotado José Serra. Ao chegar, o senador afirmou a repórteres que, ao contrário de 2006, o PSDB esteve unido durante a campanha. Por isso, condenou o comentário que Xico Graziano, coordenador do programa de governo de Serra, fez no Twitter. O ex-secretário do governo paulista e coordenador do programa de governo de Serra questionou a surpreendente derrota do tucano em Minas Gerais, um ataque indireto ao senador eleito Aécio Neves.
"O Xico é um companheiro nosso, um grande quadro, mas está completamente equivocado. Não falei com ele, mas ele está errado. Todos trabalhamos pela eleição do Serra, inclusive o governador Aécio Neves, e com muita força e muita determinação. Acho que ele cometeu uma injustiça", disse.
Balanço. O senador afirmou também que um balanço sobre o resultado do pleito deverá ser feito apenas no fim da próxima semana, em uma reunião da diretoria executiva do partido. Guerra, porém, adiantou que o PSDB considerou a disputa "desequilibrada", visto que, na sua opinião, Serra precisou enfrentar não só a adversária, mas também a máquina pública.
"Nossa estrutura era infinitamente menor que a do PT e a da candidata deles. Só um cego não viu (o uso da máquina administrativa). Mesmo assim, tivemos 45% dos votos, elegemos oito governadores, além de dois do DEM, e elegemos deputados e senadores consistentes. Crescemos como partido."
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