DEU EM O GLOBO
PSDB e DEM administrarão dez estados, que somam mais de 50% do PIB nacional, e já articulam cobranças a Dilma
Fabio Brisolla
A oposição ao governo da presidente eleita Dilma Rousseff pretende assumir uma postura ofensiva desde o primeiro dia do novo mandato.
De acordo com os líderes Rodrigo Maia, do DEM, e Sérgio Guerra, do PSDB, por ser um governo de continuidade, a cobrança seguirá no mesmo ritmo, sem período de trégua para adaptação da nova administração.
O confronto, salientam os dois aliados, será amparado pelos números alcançados nas urnas. Apesar da derrota do candidato à Presidência José Serra, o PSDB venceu a disputa pelos governos de oito estados.
Somados ao DEM, que elegeu dois governadores, a oposição vai responder por estados que, juntos, reúnem 95,6 milhões de pessoas, ou 52% da população do Brasil.
O PSDB elegeu os governadores dos dois maiores colégios eleitorais do país: Minas Gerais (19,2 milhões de eleitores) e São Paulo (39,8 milhões de eleitores), que serão conduzidos respectivamente por Antonio Anastasia e Geraldo Alckmin. Outro trunfo é o governo do Paraná, com o tucano Beto Richa. Nos oito estados, em breve sob administração do PSDB, vivem 47,5% dos eleitores. O conjunto responde ainda por 54,6% do PIB nacional.
Os dois novos redutos do DEM, Santa Catarina e Rio Grande do Norte, correspondem a 5% do eleitorado.
Já o novo governo e seus aliados alcançam também 46,2% do total de eleitores brasileiros, mas em 16 estados, incluindo o Distrito Federal. Os dois principais partidos do governo, PT e PMDB, elegeram dez governadores.
Há, porém, um dissidente: o governador eleito de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, do PMDB, faz oposição a Dilma.
Não vamos dar seis meses de prazo para a nova administração, como de praxe. Estamos entrando num governo anunciado como de continuação e que, portanto, está em seu nono ano.
Vamos chegar cobrando a execução de programas, como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), e também as ampliações prometidas avisa o deputado federal Rodrigo Maia, presidente do DEM.
Governo leva vantagem em disputa no Congresso
Na Câmara dos Deputados, o PSDB tem 53 parlamentares a partir de 2011, enquanto o DEM contabiliza 43. No Senado, PSDB tem cinco representantes, e o DEM aparece com dois.
A oposição talvez tenha tido a maior perda no Senado, onde o Lula trabalhou e obteve vitórias importantes. Mas ainda temos uma boa bancada no Senado; e na Câmara mantivemos uma bancada que nos dá condição de cumprir nosso papel acrescenta Maia.
Os dois principais partidos da bancada governista já dão uma dimensão do potencial da máquina que entra em funcionamento a partir de 2011. O PT fez 88 deputados federais, enquanto PMDB chegou a 79. No Senado, são 20 peemedebistas e 11 petistas.
Para o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, os dez estados comandados pela oposição têm uma representação clara: As eleições estaduais andaram na contramão da eleição nacional. Isso foi um recado da população avalia Guerra, que reconhece o distanciamento criado com o governo após os confrontos travados durante a campanha eleitoral. E acrescenta: Quem liderou esse processo foi o presidente Lula.
O líder do PSDB frisou que os governadores do partido devem ficar distantes das disputas políticas que estão por vir.
Nosso primeiro grande objetivo é governar bem esses estados e confirmar a expectativa dos eleitores de nossos candidatos. Mas os governadores não vão liderar os processos de oposição diz Guerra.
O cientista político Cesar Romero Jacob acredita que a tensão resultante da campanha será dissipada por uma nova configuração de forças.
O foco da briga atualmente é entre o PT e o PSDB de São Paulo. Agora, quem vai governar é uma mineira. E o líder da oposição, provavelmente, será o mineiro Aécio Neves. Portanto, o eixo da política está sendo deslocado de São Paulo para Minas Gerais ressalta.
Além de Lula e Dilma, o analista aponta Aécio Neves como um dos principais vencedores nas eleições de 2010. Em Minas Gerais, Aécio venceu a disputa para o Senado e, usando seu prestígio político no estado, ajudou a eleger senador, Itamar Franco (PPS), e o governador, Anastasia.
Para Romero Jacob, na medida em que novos protagonistas do cenário político brasileiro assumirem seus postos, o diálogo será restaurado naturalmente.
Apesar das divergências, há um consenso mínimo entre PT e PSDB em relação ao legado positivo tanto do governo Lula quanto da administração de Fernando Henrique Cardoso.
Não existe conflito ideológico, mas sim, político pondera.
PSDB e DEM administrarão dez estados, que somam mais de 50% do PIB nacional, e já articulam cobranças a Dilma
Fabio Brisolla
A oposição ao governo da presidente eleita Dilma Rousseff pretende assumir uma postura ofensiva desde o primeiro dia do novo mandato.
De acordo com os líderes Rodrigo Maia, do DEM, e Sérgio Guerra, do PSDB, por ser um governo de continuidade, a cobrança seguirá no mesmo ritmo, sem período de trégua para adaptação da nova administração.
O confronto, salientam os dois aliados, será amparado pelos números alcançados nas urnas. Apesar da derrota do candidato à Presidência José Serra, o PSDB venceu a disputa pelos governos de oito estados.
Somados ao DEM, que elegeu dois governadores, a oposição vai responder por estados que, juntos, reúnem 95,6 milhões de pessoas, ou 52% da população do Brasil.
O PSDB elegeu os governadores dos dois maiores colégios eleitorais do país: Minas Gerais (19,2 milhões de eleitores) e São Paulo (39,8 milhões de eleitores), que serão conduzidos respectivamente por Antonio Anastasia e Geraldo Alckmin. Outro trunfo é o governo do Paraná, com o tucano Beto Richa. Nos oito estados, em breve sob administração do PSDB, vivem 47,5% dos eleitores. O conjunto responde ainda por 54,6% do PIB nacional.
Os dois novos redutos do DEM, Santa Catarina e Rio Grande do Norte, correspondem a 5% do eleitorado.
Já o novo governo e seus aliados alcançam também 46,2% do total de eleitores brasileiros, mas em 16 estados, incluindo o Distrito Federal. Os dois principais partidos do governo, PT e PMDB, elegeram dez governadores.
Há, porém, um dissidente: o governador eleito de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, do PMDB, faz oposição a Dilma.
Não vamos dar seis meses de prazo para a nova administração, como de praxe. Estamos entrando num governo anunciado como de continuação e que, portanto, está em seu nono ano.
Vamos chegar cobrando a execução de programas, como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), e também as ampliações prometidas avisa o deputado federal Rodrigo Maia, presidente do DEM.
Governo leva vantagem em disputa no Congresso
Na Câmara dos Deputados, o PSDB tem 53 parlamentares a partir de 2011, enquanto o DEM contabiliza 43. No Senado, PSDB tem cinco representantes, e o DEM aparece com dois.
A oposição talvez tenha tido a maior perda no Senado, onde o Lula trabalhou e obteve vitórias importantes. Mas ainda temos uma boa bancada no Senado; e na Câmara mantivemos uma bancada que nos dá condição de cumprir nosso papel acrescenta Maia.
Os dois principais partidos da bancada governista já dão uma dimensão do potencial da máquina que entra em funcionamento a partir de 2011. O PT fez 88 deputados federais, enquanto PMDB chegou a 79. No Senado, são 20 peemedebistas e 11 petistas.
Para o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, os dez estados comandados pela oposição têm uma representação clara: As eleições estaduais andaram na contramão da eleição nacional. Isso foi um recado da população avalia Guerra, que reconhece o distanciamento criado com o governo após os confrontos travados durante a campanha eleitoral. E acrescenta: Quem liderou esse processo foi o presidente Lula.
O líder do PSDB frisou que os governadores do partido devem ficar distantes das disputas políticas que estão por vir.
Nosso primeiro grande objetivo é governar bem esses estados e confirmar a expectativa dos eleitores de nossos candidatos. Mas os governadores não vão liderar os processos de oposição diz Guerra.
O cientista político Cesar Romero Jacob acredita que a tensão resultante da campanha será dissipada por uma nova configuração de forças.
O foco da briga atualmente é entre o PT e o PSDB de São Paulo. Agora, quem vai governar é uma mineira. E o líder da oposição, provavelmente, será o mineiro Aécio Neves. Portanto, o eixo da política está sendo deslocado de São Paulo para Minas Gerais ressalta.
Além de Lula e Dilma, o analista aponta Aécio Neves como um dos principais vencedores nas eleições de 2010. Em Minas Gerais, Aécio venceu a disputa para o Senado e, usando seu prestígio político no estado, ajudou a eleger senador, Itamar Franco (PPS), e o governador, Anastasia.
Para Romero Jacob, na medida em que novos protagonistas do cenário político brasileiro assumirem seus postos, o diálogo será restaurado naturalmente.
Apesar das divergências, há um consenso mínimo entre PT e PSDB em relação ao legado positivo tanto do governo Lula quanto da administração de Fernando Henrique Cardoso.
Não existe conflito ideológico, mas sim, político pondera.
Nenhum comentário:
Postar um comentário