DEU NA FOLHA DE S. PAULO
BRASÍLIA - Vamos pensar juntos: se Lula já "aconselhou" a presidente Dilma Rousseff a manter Guido Mantega na Fazenda, Henrique Meirelles no Banco Central e Nelson Jobim na Defesa; se já empurrou Antonio Palocci para a coordenação política, provavelmente na Casa Civil; e se está deixando tudo praticamente predefinido, quem vai mandar no governo a partir de primeiro de janeiro de 2011?
No discurso para o público externo, Lula diz que não vai interferir no novo governo.
Na conversa olho a olho com Dilma, ele está "aconselhando", "sugerindo" e, na prática, montando a equipe.
A política econômica será a mesma, só é preciso coragem para o necessário ajuste fiscal. O abacaxi da área militar vai continuar sendo descascado por Jobim. Na política externa, no máximo Celso Amorim vai passar o bastão para o pupilo Antônio Patriota. Palocci vai organizar o banquete do PMDB e dos demais aliados. As estatais todas já estão devidamente dominadas.
A única área que parece em leilão é a Saúde, ora ficando com Temporão, ora migrando para outro peemedebista "de verdade", ora indo para o PSB. Sem contar que vivem soprando pela imprensa que o médico Palocci ficaria ótimo no cargo, que catapultou as candidaturas majoritárias de Serra, por exemplo. Mas, no final das contas, quem decide mesmo é Lula.
Ele fez a candidata, impôs seu nome ao PT, garantiu-lhe a vitória, vem escolhendo os ministros desde a campanha, determina como será o governo e será o dono do país, de fato, também no mandato da sucessora. Até voltar, de direito, pelas eleições de 2014.
Se ele insistir em ser o "grande pai", a primeira mulher eleita presidente do Brasil vai continuar sendo a "gerentona" -"mãe do PAC" e "mãe do Luz Para Todos". Se é que, pelo menos nisso, o PT de Palocci e Dirceu e o PMDB de Temer, Henrique Eduardo Alves, Moreira Franco e Eduardo Cunha concordam.
BRASÍLIA - Vamos pensar juntos: se Lula já "aconselhou" a presidente Dilma Rousseff a manter Guido Mantega na Fazenda, Henrique Meirelles no Banco Central e Nelson Jobim na Defesa; se já empurrou Antonio Palocci para a coordenação política, provavelmente na Casa Civil; e se está deixando tudo praticamente predefinido, quem vai mandar no governo a partir de primeiro de janeiro de 2011?
No discurso para o público externo, Lula diz que não vai interferir no novo governo.
Na conversa olho a olho com Dilma, ele está "aconselhando", "sugerindo" e, na prática, montando a equipe.
A política econômica será a mesma, só é preciso coragem para o necessário ajuste fiscal. O abacaxi da área militar vai continuar sendo descascado por Jobim. Na política externa, no máximo Celso Amorim vai passar o bastão para o pupilo Antônio Patriota. Palocci vai organizar o banquete do PMDB e dos demais aliados. As estatais todas já estão devidamente dominadas.
A única área que parece em leilão é a Saúde, ora ficando com Temporão, ora migrando para outro peemedebista "de verdade", ora indo para o PSB. Sem contar que vivem soprando pela imprensa que o médico Palocci ficaria ótimo no cargo, que catapultou as candidaturas majoritárias de Serra, por exemplo. Mas, no final das contas, quem decide mesmo é Lula.
Ele fez a candidata, impôs seu nome ao PT, garantiu-lhe a vitória, vem escolhendo os ministros desde a campanha, determina como será o governo e será o dono do país, de fato, também no mandato da sucessora. Até voltar, de direito, pelas eleições de 2014.
Se ele insistir em ser o "grande pai", a primeira mulher eleita presidente do Brasil vai continuar sendo a "gerentona" -"mãe do PAC" e "mãe do Luz Para Todos". Se é que, pelo menos nisso, o PT de Palocci e Dirceu e o PMDB de Temer, Henrique Eduardo Alves, Moreira Franco e Eduardo Cunha concordam.
Um comentário:
Quem disse que Nestor Kirchner morreu? Bom, pelo menos a Dilma tem o Nestor dela!
Forte abraço, Gilvan.
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