Oposição e governistas levaram quase 10 horas debatendo; proposta ainda vai ao plenário
BRASÍLIA. O debate de quase dez horas na madrugada de ontem, na Comissão Especial da Câmara, para conseguir aprovar a prorrogação da chamada DRU até 31 de dezembro de 2015 foi um alerta para o Palácio do Planalto de que, no plenário da Câmara, a votação não será fácil, muito menos rápida. Com apenas seis deputados, a oposição - em especial o DEM - conseguiu arrastar a sessão sobre a DRU das 19h de anteontem até as 4h32m de ontem.
A votação em plenário está prevista para o dia 26, mas até aliados do governo admitem votar contra a ideia de prorrogar até dezembro de 2015 esse mecanismo que dá ao governo autorização para mexer livremente em 20% do Orçamento da União, o que representará, em 21012, R$62,4 bilhões referentes à arrecadação de contribuições sociais.
Passava das 4h quando a comissão aprovou, por 17 votos a favor e três contra, o parecer do deputado Odair Cunha (PT-MG), favorável à prorrogação da Desvinculação de Receitas da União.
Líderes governistas avaliam que a votação da DRU na quarta-feira não terminará no mesmo dia, com destaques ao texto ficando para depois do feriado do dia 02, ou seja, na semana do dia 08. Mas a disposição do Planalto é votar tudo semana que vem.
No Plenário, a base governista, que na comissão ficou unida, deve se dividir. Os parlamentares do Rio estão irritados com o governo por causa da polêmica sobre os royalties. Já os governistas em geral, e em especial do PMDB, reclamam da falta de liberação de emendas.
Durante a sessão, com o passar das horas os ânimos foram se exaltando. O DEM, usando de todas as manobras regimentais, irritou os governistas ao exigir que a pasta do projeto original estivesse na mesa. Sem a presença do líder do governo na Câmara, coube ao vice-líder José Guimarães (PT-CE) e ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tomarem a defesa da DRU.
FONTE: O GLOBO
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