CARACAS - O candidato único da oposição venezuelana a presidente, Henrique Capriles Radonski, considerou ontem um "recorde mundial, proporcionalmente ao eleitorado", o comparecimento às eleições primárias de domingo, nas quais votaram 2,9 milhões dos 18 milhões de eleitores, ou 16%. "Agora, se cada um dos que votaram conseguir outros dois, serão 9 milhões", calculou o candidato. "Já sabemos que o teto eleitoral do governo, atingido nas eleições de 2010 (para o Parlamento), não chega a 6 milhões."
A oposição, unida desde 2007 após repetidas derrotas contra Chávez, obteve 51% dos votos nas eleições para a Assembleia Nacional em 2010, mas acabou com menos cadeiras no Parlamento por causa do peso proporcional de cada Estado. O comparecimento naquelas eleições foi de 66%. Capriles, que governa o Estado de Miranda, venceu no domingo com 1,8 milhão de votos (62%), seguido pelo também governador Pablo Pérez, de Zulia, que teve 870 mil votos (30%); María Corina Machado, a deputada mais bem votada do país, teve 103 mil votos (3,5%); o diplomata Diego Arria, 35 mil votos (1%) e o ex-senador e ex-chavista Pablo Medina, 14 mil (0,5%).
Depois de divulgados os resultados das primárias, em que todos os eleitores venezuelanos podiam votar, os outros quatro candidatos foram festejar a vitória com Capriles na noite de domingo, e prometeram se manter unidos na campanha para a eleição presidencial de outubro. Capriles destacou ontem que não conta só com o apoio dos ex-presidenciáveis, mas também de 17 candidatos a governadores e os 250 candidatos a prefeitos, que foram escolhidos nas primárias de domingo e disputarão eleições em novembro. / L.S.
FONTE: O ESTADO DE S. PAULO
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