quarta-feira, 20 de junho de 2012

PT perde Erundina e gera crise após se aliar a Maluf

Socialista abandona vice de Haddad em protesto contra aliança com o ex-prefeito

Um dia após o encontro que selou o apoio de Paulo Maluf (PP) ao PT na disputa pela Prefeitura de São Paulo, a deputada Luiza Erundina (PSB), em protesto, deixou o posto de vice na chapa de Fernando Haddad.

Ela disse que não aceitava pedir votos com Maluf.

Erundina sai e agrava crise na campanha de Haddad

Ex-prefeita abandona vice em protesto contra aliança do PT com Maluf

PSB aceita saída e se mantém na coligação; pré-candidato defende união com PP e ouve cobrança de militante

Deputada Luiza Erundina (PSB) em ato em que foi anunciada aliança com Haddad (PT)

Bernardo Mello Franco, Diógenes Campanha, Márcio Falcão e Catia Seabra

SÃO PAULO, BRASÍLIA - Um dia depois da feijoada que selou o apoio do deputado Paulo Maluf (PP-SP), o pré-candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, perdeu a sua vice. A deputada Luiza Erundina (PSB-SP), 77, abandonou ontem a chapa em protesto contra a aliança com o ex-rival.

A decisão agrava a crise na campanha petista, que passou a enfrentar cobranças de sua própria militância e terá que correr em busca de um substituto para a ex-prefeita.

Em reunião com a cúpula do PSB em Brasília, Erundina disse que não aceitava a ligação com Maluf, a quem acusou de corrupto e aliado da ditadura militar.

Ela reclamou das fotos do ex-prefeito ao lado de Haddad e do ex-presidente Lula, que articulou o acordo para ampliar o tempo de TV de seu afilhado em 1min35s.

Lula e o presidente do PSB, Eduardo Campos, deram aval ao rompimento. Disseram a aliados que a permanência da vice causaria mais problemas a Haddad que sua saída.

"Se ela permanecesse, seria crise todo dia. Ela seria sempre questionada sobre a presença de Maluf. Seria um ponto permanente de instabilidade", afirmou Campos.

A ex-prefeita disse ao portal G1 que deixa a chapa, mas vai "continuar apoiando a candidatura" de Haddad.

O petista acompanhou o encontro à distância e soube do desfecho por telefone. Ele lamentou a saída de Erundina, mas disse que ela já sabia da negociação com Maluf ao ser anunciada como sua candidata a vice, na sexta-feira.

"Estou muito confortável com o telefonema do Eduardo [Campos], embora lamente a decisão da companheira Erundina", afirmou Haddad. "Eu não gostei. Gostaria que ela permanecesse."

Ele disse não se arrepender da aliança com o ex-prefeito e repetiu o argumento de que o PP integra a base de apoio ao governo Dilma Rousseff.

"Como um partido que apoia o governo federal pode não servir para nos apoiar no plano municipal? Não faz o menor sentido do ponto da democracia moderna."

Antes de se reunir com Erundina, Campos consultou Haddad sobre a hipótese de retirar a indicação da vice. O petista disse que desejava a permanência dela e pediu ao aliado que a convencesse de aceitar o acordo com o PP.

A ex-prefeita ficou irredutível e reconheceu que sua permanência causaria novos problemas à campanha.

Haddad disse não ter um "plano B" para substituir a socialista. Só descartou um vice do PP de Maluf. À noite, eram cotados o advogado Pedro Dallari e a deputada Keiko Ota, ambos do PSB. Corria por fora o ex-jogador Marcelinho Carioca, suplente de deputado pela sigla.

O PC do B, que indicou a deputada estadual Leci Brandão, será consultado.

O vereador Juscelino Gadelha (PSB) lamentou a saída de Erundina, mas disse que a posição dela foi minoritária no partido. "Vamos fazer campanha com o Maluf, sem problema nenhum."

FONTE: FOLHA DE S. PAULO

Um comentário:

José da Mota disse...

Parte 1: Erundina diz não ao Canto Certo que o Galo Cantou.
"O Galo Cantou Canto Certo"
Parte 4: São Paulo forma a mais genial e eclética aliança política que sequer o maior dos gênios do marketing político poderia imaginar. O que naturalmente levará à vitoria da disputa eleitoral mais cobiçada do país, a prefeitura de São Paulo.
São tantos acertos políticos em todas as suas áreas, que vai de costuras políticas em pequenos municípios, prefeitura de São Paulo em si, governo federal, aproximação definitiva e concreta do PSB com a aliança governista e, principalmente a demonstração de confiança total do PSB na Presidente Dilma.
O parecer final: A coligação não vingou, 1 - Blog "Transparente como um Cristal vamos questionar!?" como meu ex-mestre. 2 - o encanto do Canto Certo que O Galo Cantou para o meu ex-mestre espírita. 3 - Luíza Erundina abandona candidatura depois de dizer que não era mulher de voltar atraz em uma decisão.
E o que ficou? Podemos afirmar que é o mistérioso "Canto Certo que o Galo Cantou". Só revelado para quem recebeu o merecimento.
Sobrando aos simples mortais, festas de conjecturas.
Como esta do PSB: Os sistemas de votação jamais poderão ser os frágeis eletrônicos, devemos voltar ao sistema de votação manual em cédulas.
Nas derradeiras eleições para governadores do Brasil tivemos resultados inéditos e surpreendentes que eu disse em outro artigo e volto a repetir devido a sua importância para o Brasil e o mundo caso em uma situação diferente das conjecturadas na segunda delas, o homem falhe e o poder continue caindo nas mãos de poucos poderosos financeiros.
Quarta conjecturação: É a insegurança na votação eletrônica, totalmente suspeita, governadores do PSB tiveram votos acima das expectativas de candidatos em regimes autoritários onde votam sob pena de morte. A segurança da votação em uma urna eletrônica, a coleta de seus dados por centrais, mais a apuração dos votos. São facilmente manipuláveis. Qualquer um com o mínimo conhecimento da área pode alterar os resultados usando aparelhos baratos e de fácil acesso. E a sua segurança não esta na eletrônica e sim na capacidade humana de vigiar os seus manipuladores, no caso a cargo do Ministro do STE sob a tutela de funcionários públicos federais que vão de Juízes à Polícia Federal. Sempre em menor número do que precisa. É cientificamente comprovado que o ser humano é naturalmente farsante sem a interferência de Deus.
E encerro com o título que sempre será o começo:
"O Galo Cantou Canto Certo"
José da Mota