Cid Gomes já havia sugerido à presidente Dilma a indicação de Eduardo
Campos à vice-presidência
Tiago Décimo
SALVADOR - Em campanha para que o PSB integre a chapa majoritária na
eventual candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff, o governador do
Ceará, Cid Gomes, disse que "é mais justo" que seu partido indique o
candidato a vice-presidente - cargo hoje ocupado por Michel Temer (PMDB). Em
almoço com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília, na quinta-feira, 8, o
governador já havia defendido a indicação de Eduardo Campos, governador de
Pernambuco, ao cargo.
"O PMDB é uma federação de lideranças locais, sem projeto nem unidade
nacional - em cada Estado, o partido tem uma posição diferente, diferente do
PSB, que é menor, mas é mais coeso", avaliou Cid. "Além disso, tudo
caminha para que o PMDB presida as duas Casas (Senado e Câmara Federal),
então acho justo que o PSB também tenha uma participação."
Sobre a posição de Temer, o governador sugeriu que ele disputasse uma
vaga no Senado por São Paulo. "Ele teria grande chance de ser eleito e,
nesse caso, de assumir a presidência do Senado, o que, para ele, seria até
muito melhor do que ser vice-presidente", afirmou, salientando que o
"nome natural" do PSB ao cargo seria o de Eduardo Campos. "Essa
é minha posição pessoal, ainda não conversei com ele (Campos) sobre
isso."
Os dois governadores, junto com outros chefes de Executivos e
representantes do Nordeste, de Minas Gerais e do Espírito Santo, participam, na
tarde desta sexta-feira, 9, da 16ª Reunião Ordinária do Conselho Deliberativo
da Sudene (Condel), que conta também com a presença de Dilma.
O encontro, focado em soluções para o enfrentamento da seca na região,
também foi marcado pela defesa dos governadores nordestinos à nova metodologia
para a partilha dos royalties do petróleo, aprovada pelo Congresso e enviada
para a sanção de Dilma.
"Compreendemos a situação delicada que ela (Dilma) está
passando, pela pressão dos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, mas
os recursos têm de ser distribuídos para toda a população do País", disse
Cid. "Além disso, é a única forma de compensação aos outros Estados,
depois das perdas causadas pela diminuição do Fundo de Participação dos Estados
(FPE), resultado da diminuição de contribuições e impostos, como a Cide
(Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e o IPI (Imposto sobre
Produtos Industrializados). No Ceará, o repasse do FPE foi, em outubro, 21%
menor do que em outubro de 2011."
Fonte: O Estado de S. Paulo
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