O problema é que ninguém acredita mais no Sérgio Cabral! Quando ele diz,
por exemplo, que, se mudarem as regras de distribuição dos royalties do petróleo,
não vai rolar Copa do Mundo nem Olimpíada no Rio, o carioca dá logo um baita
desconto!
O desabafo do governador soa, cá pra nós, tão improvável quanto
suspeitar que algo possa tirar o título de campeão brasileiro do Fluminense.
Tão impensável quanto a probabilidade de faltar cerveja no carnaval, se é que
haverá carnaval!
O povo em Ipanema faz “ahã”, e vida que segue a caminho do mar!
Se for de fato real, o risco de fim do mundo no Rio preconizado por
Cabral vai pegar muita gente de surpresa nas praias, se é que elas ainda
estarão abertas quando “o estado fechar as portas”.
O lado dramático, quase canastrão, do governador se pronunciar também
não ajuda a dar credibilidade ao tal “colapso das finanças públicas” que
estaria se avizinhando da Cidade Maravilhosa.
Da maneira como ele fala, francamente, fica a impressão de que o Rio
pode ter morte súbita a qualquer momento. Podia começar dizendo “oi, gente, o
Réveillon de Copacabana subiu no telhado” antes de jogar logo uma pá de cal na
Olimpíada, né não?
Fonte: O Estado de S.
Paulo
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