Equipe de Eduardo organiza evento com
todos os 184 gestores eleitos. Na pauta, a dificuldade de caixa dos municípios
Manoel Guimarães
O governo do Estado
está concluindo os preparativos para um seminário que reunirá, em janeiro,
todos os 184 prefeitos eleitos nas eleições de outubro. Segundo o secretário
estadual da Casa Civil, Tadeu Alencar (PSB), ainda faltam alguns ajustes, mas a
ideia é debater os desafios dos futuros gestores para os próximos quatro anos.
“Vamos reunir todos os prefeitos aqui no Recife, porque é mais efetivo que seja
com todos juntos ao invés de dividir por região. Vamos discutir as questões da
realidade dos municípios, focando também naquilo que entendemos que deva ser a
experiência não do PSB, mas da gestão pública em Pernambuco que vem dando
resultado. Se cada um dos entes cumprir a sua parte, a coisa vai melhorar”,
destacou Tadeu, em entrevista ontem à Rádio JC/CBN.
Ainda na pauta do
seminário, entrarão temas tidos como “cruciais” pelo secretário, como saúde,
educação, segurança, mobilidade urbana, sustentabilidade ambiental e um tema
que o governador Eduardo Campos (PSB) tem encampado e que vem ganhando destaque
nacional nos últimos dias: a tese de um novo pacto federativo. O próprio Campos
é quem deverá conduzir este debate junto com os prefeitos eleitos, que assumirão
cidades sofrendo com as sucessivas diminuições no Fundo de Participação dos
Municípios (FPM), fruto da política do governo federal.
“Todos os dias batem
na porta do governo do Estado os prefeitos em petição de miséria. É o
federalismo de pires na mão. Isso tem aderência porque é o mundo real, ainda
mais com a maior seca dos últimos 50 anos. Existe uma frustração das receitas
públicas por conta da crise econômica. Quando você desaquece a economia, isso
se reflete na arrecadação tributária, e aquilo que será dividido entre Estados
e municípios diminui. Outro efeito é que as medidas de enfrentamento à essa
crise econômica aplicadas pelo governo federal agravam esse ambiente. Em 2008,
houve uma compensação financeira aos municípios e empréstimos do BNDES aos
Estados. Essas medidas aqueceram a economia, mas em 2011 e 2012 não estão
surtindo o mesmo efeito, porque a expansão do consumo chegou no topo da
capacidade da classe trabalhadora. É preciso se rediscutir isso”, analisou
Tadeu.
Fonte: Jornal do Commercio
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