Após crescer nas urnas e reconquistar a prefeitura de São Paulo, a maior
cidade do país, o PT começou ontem a preparar a eleição que vai escolher o
comando partidário que conduzirá a reeleição de Dilma Rousseff em 2014.
Fortalecido pela eleição de Fernando Haddad na capital paulista, o atual
comandante da sigla, Rui Falcão, tornou-se um nome natural na disputa. Mas o
presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), que deixa a cadeira em fevereiro e
tem poucas chances de obter uma vaga na Esplanada na minirreforma ministerial
do início de 2013, já manifestou o desejo de concorrer.
Apesar da resistência a seu nome, Falcão assumiu o cargo após a renúncia de
José Eduardo Dutra, que comandou a legenda durante a eleição de Dilma Rousseff
e se afastou por problemas de saúde. Acabou se firmando no posto, mas agora
pode enfrentar a concorrência de Marco Maia. O deputado demonstrou preocupação
de “desaparecer na planície parlamentar” após deixar a presidência da Câmara.
Ele emitiu sinais ao Palácio do Planalto para tentar se encaixar em algum
gabinete ministerial — o principal objetivo seria desalojar Ideli Salvatti da
Secretaria de Relações Institucionais. “Marco Maia pode até tornar-se ministro,
desde que seja em uma pasta que despache com Dilma uma vez por ano”, provocou um
desafeto do gaúcho. Apesar de a relação com Dilma ter distensionado um pouco
nos últimos meses, Maia jamais será considerado um aliado confiável do governo
federal.
Fonte: Correio Braziliense
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