Um dia após anunciar R$ 3 bilhões para municípios e, mesmo assim, ser vaiada durante o evento em Brasília, a presidente Dilma Rousseff se reuniu ontem com prefeitos para tentar uma reaproximação. O presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, foi recebido pela primeira vez no Planalto.
"Essa relação que se estabelece agora vai distensionar, vai flexibilizar, e isso vai permitir que os próprios prefeitos e municípios tenham uma concepção e encaminhamento melhor. Não vamos ter ilusão de que vamos resolver tudo em um ano ou dois, vamos tentar encaminhar questões objetivas", disse Ziulkoski. A audiência durou cerca de uma hora e meia.
A presidente busca apoio e melhora na articulação política do seu governo em um momento em que é confrontada com perda de popularidade, baixo crescimento econômico e protestos nas ruas do País.
De acordo com Ziulkoski, a presidente prometeu fazer reuniões esporádicas com prefeitos, de três a quatro vezes por ano. Anteontem, Dilma anunciou um pacote que incluiu o pagamento de R$ 3 bilhões em duas parcelas para aliviar as dificuldades dos municípios em despesas de custeio.
O encontro com prefeitos faz parte de um esforço do Planalto de melhorar a interlocução com setores da sociedade, como movimentos sociais c lideranças juvenis. Pelo projeto de reeleição em 2014, a presidente sabe que a parceria firmada com os municípios é essencial para a execução de programas como o Minha Casa, Minha Vida, a construção de creches e a inauguração de novas unidades de pronto-atendimento.
Ziulkoski aproveitou a reunião para agradecer os vetos da presidente ao projeto de lei do Ato Médico, que regulamenta o exercício da medicina.
Necessidades. Para a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, a reunião serviu para reafirmar o compromisso da presidente Dilma em "ir ao encontro das necessidades da população brasileira".
"As necessidades da população brasileira são, na maioria, atendidas através dos municípios, das prefeituras. (Queremos) Dar continuidade, estreitando essa relação entre governo federal e governos municipais, manter uma relação e uma negociação permanente, até porque é impossível resolver tudo ao mesmo tempo", disse a ministra
Fonte: O Estado de S. Paulo
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