sábado, 21 de setembro de 2013

Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo

Fora da Rede
Complicou-se a situação de Marina Silva, que tenta garantir o registro de seu partido, a Rede Sustentabilidade, na Justiça Eleitoral e concorrer à Presidência da República por essa legenda. Parecer do Ministério Público Eleitoral enviado ontem ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirma que a ex-senadora só conseguiu comprovar 304.099 assinaturas, em 14 estados e no Distrito Federal. Marina precisa apresentar 492 mil para garantir o registro.

A Rede precisa cumprir a exigência até 5 de outubro, ou seja, em duas semanas. O TSE terá quatro sessões até lá, a última, em 3 de outubro. O vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, exigiu da legenda novas certidões com assinaturas validadas. Marina Silva havia protocolado o processo de criação da Rede no TSE sem as firmas. A ministra do TSE Laurita Vaz, corregedora do tribunal, porém, negou o pedido para validar as assinaturas de apoio sem conferência prévia dos nomes pelos cartórios eleitorais.

Segunda colocada em todas as pesquisas de opinião, Marina Silva é a candidata de oposição que mais cresceu depois das manifestações populares dos últimos meses. Seu partido político, concebido a partir da lógica das redes sociais — ou seja, em plano horizontal —, tem mais características de movimento do que de agremiação política tradicional. Vem daí as dificuldades para atender as exigências da Justiça Eleitoral. Caso não consiga registrar o partido, Marina terá duas alternativas: se filiar a outra legenda para ser candidata ou desistir da disputa.

Pessimismo
O deputado federal Alfredo Sirkis, do Rio de Janeiro, é um dos mais pessimistas com a situação da Rede. Continua filiado ao PV para não perder o mandato, mas não terá legenda para concorrer à reeleição se permanecer no partido. Outro que está em dificuldade é o deputado paulista Walter Feldman, do PSDB, que também se incompatibilizou com os tucanos.

Comemoração
Como na piada, quem quase está pedindo para ser engessada, porque não pode rir, é a presidente Dilma Rousseff, que tem em Marina Silva a maior pedra no sapato. Ex-ministra do Meio Ambiente de Lula, a ex-senadora vem "metabolizando" os descontentamentos com o governo. Caso Marina fique realmente fora da disputa, Dilma voltará a sonhar com a vitória no primeiro turno.

Sai daí
Idaílson José Vilas Boas, assessor da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foi exonerado ontem das funções que exerce no Palácio do Planalto. Ele é acusado pela Polícia Federal de envolvimento no esquema que desviava recursos de fundos de pensão municipais.

Campanha/ O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), inicia hoje, em Maceió, uma série de encontros regionais organizados pelo partido. O primeiro contará com a presença de lideranças do partido de todo o Nordeste.

Fora do ar/ A TV Senado e o Portal da Casa na internet estão fora do ar, desde a meia-noite, para manutenção do sistema de energia. Somente à 0h de segunda feira, voltarão a funcionar. A Rádio Senado, cujos equipamentos foram transferidos para a Torre de Televisão, manteve as transmissões em Brasília.

Satisfeito// O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem que a ausência de grandes petroleiras norte-americanas e britânicas no primeiro leilão do pré-sal, marcado para 21 de outubro, não compromete o sucesso da licitação. Grandes petroleiras estatais estão inscritas na concorrência, três delas chinesas, que são as favoritas na disputa.

Espionagem
Durante audiência pública no Senado Federal, a presidente da Petrobras, Graça Foster, anunciou o investimento de R$ 4 bilhões em tecnologia da informação e telecomunicações somente neste ano.
Até 2017, a empresa pretende investir R$ 21,2 bilhões

Apagão legislativo
O presidente do Senado, Renan Calheiros (foto), do PMDB-AL, voltou a criticar a atuação da Câmara dos Deputados na hora de apreciar os projetos aprovados pelos senadores. "Na semana, votamos muitos projetos da Câmara. Essa contrapartida é fundamental do ponto de vista do processo legislativo. Se só uma Casa votar e a outra não responder igualmente, teremos um apagão legislativo. Isso não é bom para o país", advertiu. Segundo ele, cerca de 30 propostas de senadores aprovadas nas comissões e no plenário do Senado aguardam decisão dos deputados.

Fonte: Correio Braziliense

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