sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Panorama político - Ilimar Franco

É para valer
Mesmo saindo do governo, muitos colocam em dúvida a candidatura do PSB ao Planalto. Com a palavra, Eduardo Campos: "Com 35%, a presidente Dilma não consegue expressar nosso campo político. Há espaço para outra alternativa nesse campo. E os outros 65%?" O diagnóstico de Campos: "Dilma não vende utopia nem esperança na vida das pessoas." Como ele resume: "O jogo tá jogado."

Viva Zapata!
São vários os motivos que levaram as petrolíferas americanas Exxon e Chevron a não participar do leilão de Libra. Mas o lobista de uma petrolífera europeia avalia que teve peso decisivo a reforma das leis do petróleo no México. O seu presidente, Pena Nieto (PRI), propôs (em agosto) o fim do monopólio estatal do petróleo. As empresas privadas poderão se associar à Pemex e dividir o lucro da exploração. As empresas americanas estão eufóricas. Estimam-se reservas de 29 bilhões de barris no pré-sal do Golfo do México e 13 bilhões de barris de petróleo de xisto. E há ainda os custos. Esses campos ficam no quintal das refinarias que abastecem o mercado americano.

"Falei, falei mesmo. Até acho agora que não deveria ter dito, né? Mas falei"
Manoel Dias
Ministro do Trabalho, ao ser cobrado, e chamado de louco, por dirigentes do PDT por ter ameaçado detonar irregularidades de todos os partidos e governos

Toda política é local
Aconselhado a ligar para o ex-presidente FH, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-senador Jorge Bornhausen, para se desculpar por levantar suspeitas sobre suas gestões, o ministro Manoel Dias (Trabalho) disse que podia falar com os tucanos, mas, com Bornhausen, de jeito nenhum.

Ordem na casa
Atendendo aos clamores dos torcedores, o ministro Aldo Rebelo (Esporte) vai chamar dirigentes de clubes e proprietários das novas arenas para debater a cobrança de ingressos nos campeonatos nacionais e estaduais. O governo quer impedir aumentos abusivos de preços. O pressuposto é que ingressos caros podem elitizar o esporte mais popular do país.

Centralismo democrático
O ministro Leônidas Cristino (Portos), ligado ao governador Cid Gomes e ao ex-ministro Ciro Gomes, pedirá demissão do cargo ao voltar da viagem que faz ao Panamá. Cristino e seus padrinhos consideram que ele é da cota do PSB.

Provocação
Por maior que seja o esforço da presidente Dilma, do ex-presidente Lula e do governador Eduardo Campos para não fechar as portas, assessores no Planalto estão babando com a saída do PSB do governo. Os socialistas viraram alvo de zombaria e ironia de petistas autossuficientes que cobram que o PSB deixe também cargos na prefeitura de São Paulo e no governo do Rio Grande do Sul.

Baixa sem custo?
Líderes do PT e do PMDB na Câmara não temem prejuízos com a mudança no PSB. Lembram que este anunciou que não fará oposição e destacam que o PMDB e o PT estão muito unidos no apoio ao governo, e que, por isso, vão liderar os aliados.

A ironia
Os parlamentares governistas estão marcando em cima Marina Silva. Eles comentam que ela se coloca como arauto da ética na política. E não deveria estar pedindo para o TSE dar um jeitinho para que seja criado o seu novo partido, a Rede.

OS MILITARES tentaram evitar que o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) pudesse visitar o centro da tortura do DOI-Codi no Rio, o Quartel da PE, na Tijuca.

Fonte: O Globo

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