Por Murillo Camarotto
RECIFE - Recém-associado ao grupo que apoiará o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), nas eleições presidenciais do ano que vem, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, disse ontem que a opção pelo pernambucano se deveu, entre outras coisas, à maior viabilidade eleitoral de Campos.
"Eu quero derrotar o governo. Derroto mais facilmente com o Eduardo [Campos] do que com o Aécio [Neves]", disse Freire, que esteve no Recife para a primeira reunião com o PSB após o indicativo de apoio feito há dez dias.
De acordo com o presidente do PPS, o fato de Campos ser dissidente do que ele chamou de "regime" petista também pesou na decisão de apoiá-lo. Na sua avaliação, a saída do PSB da base de apoio ao governo federal atesta que o fim do ciclo do PT no poder está próximo.
"Consolidar Eduardo era mais importante para a oposição brasileira", disse o dirigente, que considerou a aliança com o PSB como um "reencontro histórico", lembrando as parcerias passadas entre o partido de Campos e o PCB, sigla da qual Freire fez parte antes de fundar o PPS.
O encontro com o PSB teve por objetivo integrar o PPS ao processo de construção do programa de governo que será defendido por Campos em 2014. Freire evitou detalhar propostas que seu partido levará ao debate e disse que discutir a formação de palanques estaduais neste momento pode atrapalhar o processo.
Questionado, no entanto, sobre a posição do PPS acerca da aproximação de Campos com os ruralistas - que já criou polêmica com a ex-ministra e ex-senadora Marina Silva - possível vice na chapa presidencial -, Freire lembrou que seu partido votou a favor do novo Código Florestal, rejeitado por Marina.
Também defendeu que a ciência tenha papel crescente na produção de alimentos, outro tema para o qual os chamados "marineiros" torcem o nariz.
Fonte: Valor Econômico
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