Após apoiar o PSDB nas três últimas eleições para o Palácio do Planalto, o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), justificou a aliança com o governador Eduardo Campos (PSB) no pleito do próximo ano avaliando que "é mais fácil derrotar" o governo petista ao lado do socialista do que aliando-se ao senador tucano Aécio Neves (MG), também pré-candidato à Presidência no campo da oposição.
"Ele (Eduardo) traz uma dissidência ao regime e pontuou que o governo se esgotou", disse o presidente do PPS.
Para Freire, as críticas do socialista nas questões econômicas "são mais coerentes" com as ideias do PPS do que as do tucano. Aécio tentou angariar o apoio dos pós-comunistas, classificando-os como "velhos aliados", mas acabou preterido, tendo apenas uma sinalização de aliança em um eventual segundo turno.
Em relação aos possíveis questionamentos que o governador terá de responder pelo fato de criticar um governo do qual fez parte até metade deste ano, Roberto Freire defendeu que Eduardo Campos teve a "hombridade" de não ficar em uma gestão com a qual tinha discordâncias.
"Ele fez a crítica e saiu do governo. Então, demonstrou concretamente que está se afastando do que aí está. Casamento se acaba, por que relacionamento no campo da política não?"
O dirigente reconheceu que não há unanimidade interna em torno da coligação com os socialistas, o que será trabalhado, inicialmente, consolidando a aliança nacional e, em seguida, tratando das questões locais. Em pelo menos três Estados - Amazonas, Maranhão e Distrito Federal -, o PPS trabalha para lançar nomes próprios ao governo. Os três pretendentes participaram do evento ontem. (G.L.)
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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